Amor e outras dificuldades (15º)

Aquela situação de você saber que está fazendo merda e ter medo de perguntar porque já sabe a resposta é muito ruim. Falo isso porque tenho pensado sobre esse conceito de consciência não violada como um pré-requisito para me parecer com Jesus. Há alguns dias a minha consciência tem me acusado com relação a teoria ser linda e a prática uma lenda. E isso fica um pouco mais claro quando tem haver com relacionamento conjugal. Tem um livro chamado as cinco linguagens do amor que joga um pouco de luz sobre sermos mais eficientes em demonstrarmos o nosso amor pelo outro. Por exemplo, a linguagem de amor do Beto é o serviço, a minha é o tempo. Me sinto profundamente amada quando ele fica na cozinha conversando enquanto faço alguma coisa, quando me leva para sair ou desliga a tv para me dar atenção. Falo que o negócio estreita quando levamos para o lado pessoal porque tenho falhado constantemente em demonstrar o meu amor na prática para o meu marido. Coisas simples, mas negligenciadas. Um lanchinho bem preparado quando chega do serviço, uma jantinha especial com uma receita nova, uma sobremesa que ele gosta, levar os seus sapatos para engraxar, separar a roupa enquanto banha, cuidar melhor do seu uniforme, fazer uma massagem depois de um dia de trabalho, comprar uma lingerie nova, deixá-lo dormir no meio da tarde de domingo como se não tivesse nenhuma criança em casa, organizar os pápeis, as contas, os gastos e tantas outras coisas. Coisas pequenas, mas com um possível efeito borboleta. Pai, não deixe que isso seja apenas um fogo na palha. Que estejam acontecendo mudanças reais em mim ao ponto de serem refletidas nas pessoas que mais amo. Naqueles que tenho mais intimidade. Permita-me servir ao meu marido como se estivesse servindo você, Jesus. Leve-me da filosofia do amor para a prática intensa… Preciso de ti, papai. Sem o senhor não conseguirei…