Vida prática – parte II (65º)

No texto de ontem falei sobre a liberdade de viver sem a opressão da TV. Não vou entrar no mérito do quanto a caixa preta é prejudicial, mas, para quem tem interesse, deixo o link de um textinho sobre o assunto https://aline30.wordpress.com/2011/02/17/marionete/.
Pois bem, considero uma nova prática de vida a escolha de não falar de pessoas. Quando você pensa nisso descobre que fala muito. O processo na minha vida de deixar de falar dos outros vem acontecendo de forma gradual ao longo dos últimos oito anos. A primeira vez que me atentei a isso foi quando li a seguinte frase: “Pessoas medíocres falam sobre pessoas, pessoas comuns falam sobre coisas, pessoas extraordinárias falam sobre idéias”. Fiquei impactada e reagi dizendo “Não quero e nunca quis ser medíocre”. No entanto, estava sendo há anos, submergida na mediocridade. Desde então me desintoxico dessa prática. Falar sobre pessoas não é mais um hábito. Não é mais tido por mim como normal e aceitável. Não me utilizo da máxima “Qual é o problema? Todo mundo faz…” No entanto, nas minhas conversas com os mais íntimos, o assunto “pessoas” ainda insiste em se colocar na cabeça da pauta. Não quero mais ser envolvida pelo canto da sereia. Há tantos assuntos, planos e sonhos a serem compartilhados. Não quero mais gastar o meu tempo e o de outras pessoas falando da vida alheia. Nesse momento, penso que valha a pena um pouco de indelicadeza com o objetivo de deixar claro que o assunto da roda traduz uma mediocridade e estupidez coletiva. É isso! Que venha o Teu Reino sobre as nossas conversas…

Publicado em 25 de maio de 2011, em A minha vida com Ele.... Adicione o link aos favoritos. 2 Comentários.

  1. Boa reflexão Aline. Taí um desafio genuinamente cristão. Por experiência, quanto mais eu leio, penso, elucido e critico, mais sou tentado a falar de pessoas.

    Os comportamentos devem ser analisados, mas colocar as pessoas em pauta é assunto celestial demais pra mim, que só tenho o meu ponto de vista e não conheço os corações e intenções… mas não é fácil.

  2. A análise de comportamento idealmente teria que nos levar para uma vida mais intensa de oração e esse relacionamento mais intimo teria que nos impelir a amarmos o outro, indistintamente. Acredito que impedimos esse processo quando falamos e nao oramos. Como voce disse é dificilimo porque não somos ensinados a viver dessa forma. Creio que Deus possa nos dar uma inteligencia inter e intrapessoal para lidarmos com o outro e o que ele faz ou pensa. Ao ponto de nao ficarmos preso ao nosso ponto de vista, mas termos a vista do ponto pelo filtro de Deus. Por exemplo todas as caracteriscticas do fruto do Espírito fazendo parte do nosso cotidiano… Já escrevi demais. Um beijo em toda a família que está crescendo.

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