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Movimento LGBT

“Tudo que é sólido se desmancha no ar” Na universidade essa máxima é materializada nas discussões, intervenções, salas de aula, corredores, gramados… E a grande questão é: essa máxima não vale para mim, não expressa o que acredito, não diz nada sobre a forma que vivo. Nesse momento me encontro só dentro de um universo com mais de trinta mil pessoas. É isso mesmo. Pelo menos na experiência de hoje em sala essa sensação era nítida. A discussão era o movimento LGBT. Uma sala com uns trinta alunos, com média de idade de 18 anos. O meu contraponto era: a homossexualidade é natural ou cultural? Partindo do pressuposto de que a naturalização da pobreza é uma falácia, o que pensar sobre a naturalização da homossexualidade? O segundo contraponto tinha a ver com a massificação dos meios de hegemonização do pensamento – mídia, escolas, movimentos artísticos e outros, no sentido de naturalizar a relação homo afetiva.
O que veio a seguir é o motivo desse texto existir.
As pessoas reagiam como se eu fosse uma preconceituosa ignorante pelo simples fato de ver o ponto por outra vista. E a grande maioria ficava se coçando na cadeira porque também tinha uma opinião, mas optaram pelo silêncio. E arrisco dizer o motivo da falta de expressão desses meninos e meninas: todas as intervenções eram a favor do movimento GLBT. ABSOLUTAMENTE TODAS! A impressão que tive é que falar a favor da homossexualidade em sala de aula é sinônimo de aceitação, inteligência e cultura. Agora, levantar pontos de dúvida e argumentos desfavoráveis ao movimento é preconceituoso, ignorante e inaceitável. Diante disso, percebo que as pessoas querem desesperadamente ser aceitas e nessa discussão tão importante preferem se calar a serem rotuladas. O movimento que tem sido construído na dita pós-modernidade está gerando esse tipo de comportamento. A dor de não ser aceito é evitada independente das conseqüências que a omissão pode gerar.
Dizer que a homossexualidade não é natural é uma ofensa e nas diretrizes do projeto de lei que trata sobre o assunto pode ser considerado crime. Que seres supremos são esses que alguns homens e mulheres querem se tornar????
Passarei pelo menos mais quatro anos no ambiente acadêmico e esse tema será recorrente em todas as disciplinas e discussões do meu curso. A certeza que tenho é que preciso estudar mais, arquitetar uma base teórica e sábia a respeito de que tipo de sociedade estamos construindo. Há muitas vozes silenciadas e não serei mais uma.