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Relato de um experimento

Quem é esse homem?? Nos últimos tempos tenho pensado muito sobre Ele. Desde quando me foi apresentando como um Pai.  Fiquei intrigada: como assim Deus é meu pai? E levando isso um pouquinho a sério iniciei ou Ele iniciou em mim um processo de desconstrução. Esses dias no livro “a ilusão da alma” do Gianetti li um termo que achei interessantíssimo, tumor metafísico. Posso assim dizer que Ele colocou um tumor metafísico em mim. E isso tem revolucionado a minha vida ao ponto de eu me desconhecer continuamente. Mudei a forma de me referir e conversar com Ele. Temos diálogos, apesar de que em quase todos eu falo igual a uma maritaca, ainda assim posso ouvi-lo. Uma aventura se inicia. Paradigmas quebrados, chãos retirados, bases desfeitas e refeitas, conceitos des-conceituados, mudanças rapidas, mudanças duras, transformações lentas e solitárias, cortantes e profundas, negação, aceitação. A grande aventura de receber todo o amor do Pai. O caminho de alegrar o coração Dele e com isso ser a cada momento fortalecida. A esquizofrênia exposta de falar com o Real, apesar de invisível e imaterial. Uma caminhada sem precedentes e limitações. Posso ouvi-lo. No vento balançando as folhas da arvore, em algum texto do Seu livro, no filme em casa ou no cinema, na conversa com o amigo e também com os desconhecidos, no teatro, na rua, com o marido, no silencio do meu ser, na chuva, no alvorecer, no livro, na criança, na concepção e também nos encontros marcados. Somente um lugar para dois: eu e Ele. Ahh… esses encontros são perfeitos. A primeira vez que passei um dia inteiro com Ele foi libertador, revelador. Um dia inteirinho. Tomei sol com Ele, dormi, almocei, dancei, conversei, ouvi, falei, li, escrevi… Só com Ele, só para Ele e por Ele. Um dia inteiro assim.  Depois disso fiquei meio que viciadinha e já tive esses encontros em muitos outros momentos. E a coisa fantástica, o colosso é que Ele é bom demais em surpreender. Ele sempre ta cheio de novidades, principalmente sobre quem eu sou. Certo, que, muitas vezes não gosto muito do que Ele me diz ou mostra. Tenho que passar um tempo para digerir, entender. Mas, isso também faz parte da nossa relação. No ultimo encontro desse tipo que tivemos aconteceu algo diferente. Quando fui para casa não me distrair tão rápido. Foi difícil Ele sair da minha mente. Até o outro dia não parava de pensar Nele. Nessas horas que se seguiram tudo perdeu a graça. Fiquei meio assustada pensando: será que to enlouquecendo? Ou ainda “será que isso pode acontecer se eu continuar indo a esses encontrinhos? Desde então não tivemos mais um momento longo juntos, somente nós dois. Estou pensando agora enquanto escrevo o porquê disso. Será que estou com medo de me lançar mais um pouco. Medo de perder o controle para Ele. Talvez… E se Ele estiver querendo justamente isso. Me fazer abrir mão desse controle e dessa independência que insisto em agarrar. E se Ele quiser levantar as águas dos artelhos para os joelhos. Mas como?? Se continuarmos, estarei insaciável. Não vou querer sossegar ate as águas passarem do pescoço e estiver totalmente submersa neste mar de amor. Pensando em como é bom estar com Ele, lembrando agora de tantos momentos incríveis que Ele me proporcionou, da alegria de Sua presença, e infinidade de cores, texturas e cheiros que Ele criou e ainda, na ausência do termo mediocridade de seu vocabulário e de todo o seu amor que está disponível para mim, para você e para todos os outros só posso decidir que não há outro caminho. Fui acometida por essa doença, picada, há um tumor metafísico corroendo o meu ser. Há dentro de mim o Seu Espírito. Vem Jesus, toma-me para ti. Que sejamos um da forma que tu és um com o Pai. Que eu não saiba mais onde começa você e onde eu acabo, onde você acaba e eu começo. Uma simbiose, meu Amado…