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Intervention, please. (40º)

O que é muito estranho para você? Para mim o que me causa mais desconforto são as minhas reações bizarras e assustadoramente egoístas. Ontem foi um dia desse tipo. Durante a manhã e tarde tudo ótimo. Tudo dentro do esperado. Conversando com Deus um pouco aqui um pouco acolá. Um dia formidável. No início da noite tudo mudou de uma hora para outra. Primeiro a notícia de que a minha solicitação de horário especial no trabalho estava emperrada. Fiquei agoniada, cheia de senso de justiça e direito. Reclamando lamuriosa. As crianças tocando o terror já tiravam as últimas gotas da pequena paciência que tentava cultivar. Ato contínuo, uma ligação da tia Jane avisando que teria consulta no dia seguinte e me deixaria na mão. ARGRRRR! Fiquei indignadíssima. Parecia um bicho raivoso. Logo em seguida o Beto me diz que vai sair com o carro sendo que eu já tinha planos para ele. Perda do controle total? Sim! Ao invés de ficar feliz sabendo que tudo está no controle do Pai, etc. Não… Escolhi perder outras coisas também: paz, senso de humor, paciência, bondade, amor e mansidão. Retardei ao máximo conversar com Deus nos momentos que se seguiram. Mesmo sabendo que todo e qualquer problema tem sua raiz em uma coisa só: FALTA DE ORAÇÃO… Não estava com saco nem para falar com o Mestre. Beleza! Comecei a ser constrangida pelo Espírito Santo. Isso é muito legal depois que tudo passa. O fato de Ele trabalhar sem a nossa autorização. Ele não é burocrático! Senti um asco em pensar o seguinte a respeito de mim mesma: enquanto a minha chefe embaçava o meu lado fiquei super chateada e cheia de direitos, quando a Jane me avisou a respeito da falta ao trabalho entrei de sola nela. Não tive a menor compaixão e em momento nenhum me coloquei em seu lugar. Pancada!! A outra coisa é que amo os meus filhos, tenho muita tolerância, mas com os filhos de outras pessoas a paciência diminui muito. O amor incondicional passando muito, mas muito longe do meu dia-a-dia. Porrada! A última e não menos importante é o fato de pensar que todos e tudo têm de ser da forma que quero, desejo e espero. Esse vício de controlar sempre. Essa mesquinharia que só me afasta da boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Ganhei uma surra de constrangimento. Arrependi-me! E, posso ouvir em alto e bom som o próprio Cristo dizendo “VÁ E NÃO PEQUES MAIS!”. Quero obedecer, Pai… Não quero ser uma mulher balzaquiana cheia de teorias e blábláblá. Intervention, please!!