127 horas (28º)

Acabei de chegar do cinema e estou tensa, preciso escrever. Fui ver o azarão do oscar, o filme 127 horas. Claustrofóbico, quente, engraçado, tenso, denso, light, angustiante, dolorido, extasiante, divertido, rápido, lento, bonito, feio e tantas outras coisas que não consigo dimensionar por palavras. Isso tudo em um filme só. Não estou querendo gerar falsas expectativas em ninguem. Quero deixar claro que relato a minha opinião pessoal, redundante de propósito. Uma hora e meia de filme, dia útil, meio da tarde, cinema com papai, pagando meia com estacionamento grátis. Perfeito. Não sei o que a galera especializada está falando, mas não consigo tirar da cabeça a palavra referencial desde que sair do cinema. Quando um referencial muda TUDO se altera. A proposta para nós é um referencial de eternidade. Imagina só o que seria viver assim. Suspirei alto agora. Gastaríamos a nossa energia de outra forma, ações, palavras, gestos, tempo, dinheiro, afeto, escala de prioridades. Absolutamente tudo seria alterado. O filme deve ter custado bem pouco. Mais de uma hora dele se passa no mesmo cenário e isso pra mim é fantástico. Não aguento mais esses milhões hollywoodianos investidos em efeitos, locações e toda parafernália. Filme nada apelativo. Talvez um pouco exagerado em alguns momentos. Mas até os exageros recebi de muito bom grado. Por exemplo, a última molécula de água caindo na garganta do Aron ou o canivete tocando o osso. Não quero comprometer o filme e sim colocar uma puguinha aí para que você pare a sua rotina esmagadora e vá ao cinema. Valeu muito a pena para mim e vai ser ótimo para você. O que posso adiantar é que você sairá de lá com muito mais vontade de viver. E sobre a minha companhia só posso dizer Abba Pai!! Não deixe que essa questão de referencial alterado seja uma bela teoria na minha vida… Mesmo que tenha que amputar algo… Ai! Acho que ainda não estou certa disso. Thanks, Dad!

Publicado em 3 de março de 2011, em A minha vida com Ele..., Filmes e marcado como , . Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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