VIPs: Vendo uma Infância Perdida (46ª)
Os últimos três filmes que vi têm pelo menos um ponto em comum: a infância dos personagens principais. A des-estrutura da construção familiar de cada um.
Em cisne negro a jovem protagonista é vítima da obsessão da mãe que se projeta de forma doentia na filha. Já em bruna surfistinha a rejeição a perseguiu desde pequena. Uma criança adotada. Uma jovem com dificuldades de adequação com os pais, irmão e colegas de classe. Em VIPs não é diferente, a alienação da mãe e o misto de ausência e cobrança doentia por parte do pai construiu um garoto sem identidade e senso de direção.
Três histórias. Contextos diferentes, países diferentes, momentos diferentes. Um resultado igualmente trágico e cruel.
A bailarina é tão pressionada que se funde com o personagem ao ponto de tirar a própria vida. A Raquel se lança nos braços de todo e qualquer tipo de homem com o desejo propulsor de enfim ser amada e não somente rejeitada. Marcelo está preso, vivendo atrás das grades. Sonhos interrompidos. Esperanças abortadas. Destinos roubados.
Para alguns parece maniqueísmo. Para mim vem como um absoluto: o papel determinante dos pais na vida de uma criança. A afetividade como arma contra a psicose social instalada em nossos dias.
Pai, venha com o Teu Reino sobre a nossa paternagem. Torna-nos pais e mães que refletem quem tu és para os nossos filhos. Tenha misericórdia de nós. Sozinhos não conseguiremos…
Publicado em 30 de março de 2011, em A minha vida com Ele..., Filmes e marcado como aceitação, afeto, cinema, filhos, infância. Adicione o link aos favoritos. 1 comentário.
Senhor sozinhos realmente não conseguiremos.