Fome de amor

Fome não só de comida, mas uma fome enorme de amor, carinho e atenção foi o que descobri em cada contato com as crianças, principalmente quando passavam o final de semana na nossa casa. A mãe quando viva tinha que repartir tudo com os nove, a privação, o marido, o bar e toda sorte de coisas. Depois que se foi nunca mais tiveram alguém para embrulhar quando já estavam pegando no sono ou para dizer que não vai mais faltar comida ou ainda para garantir a roupa limpa da escola. Não estão acostumados a abraçar, a dizer te amo ou desculpar-se. Estão aprendendo o obrigado e o com licença. O por favor vai ser amigo intimo em breve de todos, se quiserem que a tia chata pare de repetir as mesmas coisas sempre. O relacionamento com esses novos membros da família me proporcionou  uma sensação que batizei como o ápice da liberdade: amar sem esperar definitivamente nadaem troca. Essascrianças não têm a menor obrigação para comigo. Se os abraço, não espero que me abracem de volta, se falo bom dia, nao espero que respondam, se digo eu te amo, não preciso de resposta alguma. No entanto, sou surpreendida na maior parte das vezes. A vivi solta um “te gosto muito tia”, a queila gruda em mim igual a um chicletinho de baixa caloria, o lucas, aquele brutamontezinho, vira um cavalheiro se oferecendo para ajudar e tal. O Wemerson soltou um te amo, me lembro até hoje a doçura e sinceridade do seu olhar desconfiado. A sheila me pega de surpresa com um “tava com saudade de tu” e a leila quando abraça sai da esfera do corpo e vai para a alma, o Willian sempre disposto em não desrespeitar nunca, um menino genial. O Gemerson me pede para ir ao seu aniversário no centro de atendimento para jovens e adolescentes. Amo os nove com um profundo amor, um amor de graça, um amor sem preço, um amor sem troca. Os meus cabelos brancos despontaram, mas o único medo que tenho é de em algum momento da minha história achar que aquelas crianças não fazem parte de mim. Deus os fez, Ele os guiará em seu futuro!

 

Mc Donalds com significado

A proposta do dia era levar todas as crianças, inclusive as minhas para o cinema. Fazendo uma conta rapida teríamos dez crianças, duas adolescentes e uma jovem, essa que vos fala. Precisava da companhia de pelo menos mais uma jovem e tambem de mais um carro. A tia Paty, como sempre disponível e linda, encarou o desafio. Dividimos a meninada e saímos com destino certo: Alvin e os esquilos 3. Estávamos empolgadíssimas pelo simples fato de somente um dos irmãos terem ido ao cinema. Estamos falando de uma menina de quinze anos virgem de cinema, meu coração se aperta, é o meu programa preferido. Pois bem, chegamos ao shopping e os olhos e atenções estavam constantemente sobre nós e toda a nossa “prole”, todo o mundo espantado com a quantidade de crianças. Quando estávamos na metade da fila, um balde de água fria nos pegou desprevenidas. Não havia mais lugar, ingressos esgotados. A Paty me olhou assustada querendo saber para onde iríamos. Estávamos com dois meninos de dois anos, duas meninas de tres, uma de quatro, um também, outra de sete, mais uma de nove e um também, outro de onze, o lucas de treze, leila, quatorze e sheila de quinze. Tivemos a noticia de que era a ultima sessão do dia daquele filme em todo o DF. Fomos para a área com decoração natalina do shopping, enquanto pensávamosem algo. Decidimos, então, levá-los para lanchar. Invadimos o Mc Donalds com a meninada. Para eles um sonho,pois assistem cotidianamente propaganda daquele lugar na TV, mas nunca pensaram que poderiam ir. Tivemos direito a area vip e aproveitamos tudo: balomania, pintura, desenhos para colorir, mc lanche feliz, muita batatinha e muita alegria. Cada um escolheu o seu brinquedo e todos fizeram uma grande festa particular. Saindo de lá, a Paty teve a brilhante idéia de irmos a um parquinho de areia. Diversão ao ar livre. escorregador, gangorra e o famigerado balanço que todos queriam usar ao mesmo tempo, bolinhos e comidinhas de areia, tinha até um mini rapel. A noite chegou e tivemos que levantar nossa barraca. Voce deve estar pensando e o filme? Marcamos para a próxima quarta, vamos comprar o ingresso com antecedência e o convite está aberto para quem quiser nos acompanhar e também para quem quiser bancar a pipoca, o refri, a entrada dessas crianças que vão à grande tela pela primeira vez.

Uma macarronada!

Desde então toda semana pelo menos uma das crianças ficava conosco. Em um dia veio a Sheila, conversamos sobre o futuro, sobre sonhos e a morte de sua mae. Fomos ao teatro, ao circo e nos conhecemos um pouco mais. Depois veio a Leila, um pouco menos calada, passeamos e conversamos. Nesse mesmo final de semana todos vieram e tambem mais dois amiguinhos, tinhamos uma festa das crianças para prestigiar. O bebe ja estava ficando com a Alice alguns finais de semanas e nao foi diferente nesse. A mesa estava repleta, lucas, marquinhos, vivi, lala, queila, thales, talita, willian, wemwrson, misael e leila. No almoço uma bela macarronada, banho em todos e hora do passeio. Pegamos o carro da Jê emprestado e dividimos entre homenzinhos e mulherzinhas. Fomos ao circo, enquanto o beto e os meninos foram ao shopping. Foi um dia incrível e uma noite maravilhosa. Descobrimos que nada tinha mudado pelo fato de ter passado onze crianças pela nossa casa. A bagunça era a de um final de semana, tudo normal. Às vezes colocamos tantos empecilhos e na prática podemos ser surpreendidos pelo Mestre. Ele quer que dividamos nossos recursos, casa e chuveiro não somente com os nossos filhos e amigos, mas com qualquer outro que precise. Conhecidos ou desconhecidos, crianças ou adultos. Foi uma experiencia nova e intensa, no entanto, a dor permanecia: o retorno das crianças para o barraco no domingo.

Primeira visita

Nao conseguia tirá-los da minha cabeça. Havia perguntado à Sheila se o pai me deixaria levar alguns deles para passarem o final de semana na minha casa. Ela respondeu que sim. Voltei na outra sexta e estavam todos bem sujos e mal cheirosos. Pedi para levar o bebe e as duas menores, todos ficaram pedindo para virem também, até que trouxe o menino de treze anos junto. Os vidros do carro tinham que ficar totalmente abertos porque era praticamente insuportável respirar com os quatro no carro. Chegando em casa o Beto os recepcionou e coloquei as duas meninas para o banho. Elas acharam o máximo “tia, vamos banhar de chuveiro!” parecia que estavam em um parque de diversões. Quando coloquei o gabriel no chuveiro tive vontade de chorar, aquele bebe estava radiante de alegria dentro da banheira deixando a agua cair no seu rostinho, enquanto gargalhava. Fiquei mais uma vez chocada, talvez a melhor parte do passeio seria o banho. Liguei para a Lú, precisava de roupas para o lucas e ela tinha um filho com o mesmo porte. Na hora me trouxe sandália, roupas e cueca. O cabelo das meninas pingava piolhos. Tirei alguns, mas estava infestado. Vestiram uma roupa limpinha, passaram perfume, foram brincar. Naquele dia fiquei encantada porque o misael, meu filho mais novo, nao bateu em nenhum momento no amiguinho gabriel. Quando fui dormir nao parava de agradecer o fato de naquela noite aquelas crianças não estarem dormindo na miséria. No outro dia, servimos café para sete, foi lindo ver a mesa cheia e alegre. A Vivi é uma menina doce, no entanto sempre usa o choro para chamar atenção e nessas horas não quer papo com ninguém e fica bem brava. A Queila fala alto e quer saber de tudo, é bem precoce para a sua idade, uma menina esperta e antenada. Fiz um trato com todos que era proibido xingar, mentir e bater. O xingamento era o mais fácil de controlar, mas peguei em alguns momentos o lucas xingando as meninas bem baixinho. Chamei sua atençao e disse que estaria de olho em todos eles. Fiquei super tocada quando vi aquele menino de treze anos bem brutalizado, que xinga e bate em todos, brincando com os carrinhos do marquinhos, parecendo uma criança de quatro anos. Estava concentrado e em paz. Observei aquilo pensando que não teve o direito a sua infância, foi roubado nisso e em tantas outras coisas. Amei todos desde o inicio, cada um com uma característica, cada qual um complexo a ser desvendado. Ccomo um novelo de lã a ponta do fio foi desenrolada. Tinha prometido que na próxima viria o Wemerson e o Willian, não via a hora de chegar a outra sexta-feira.

O início de tudo

Na primeira inserção na comunidade, saímos meia hora depois do inicio do evento convidando todos que encontrávamos nas ruelas da favela para participarem do bazar da Fe. Paulinha se embrenhou entre os barracos até que encontrou um grupo de moças e rapazes mal encarados próximo a um bar, convidou a todos e continuou seu caminho. Mais ou menos uma hora depois uma menina com ar de poucos amigos passa por mim já na cooperativa. Parei ela no meio do caminho para perguntar o que significava sua tatuagem, ela de cara fechada respondeu que era o nome de sua mãe, comecei a falar sobre o desejo de fazer uma e perguntei se já tinha escolhido algo no bazar, ela respondeu que não tinha dinheiro e nem ia chegar perto. A convidei para dar uma olhada e escolher o que quiser, me avisou que tinha muitos irmãos e se dirigiu ao local das roupas. Seu nome era Sheila. Passados alguns minutos a abordei novamente perguntando se encontrou algo, ela estava acompanhada por outra adolescente, sua irmã Leila. Perguntei se elas conheciam Jesus, disseram que não e comecei a contar o plano de Deus inicial até a vinda do Mestre. Elas se interessaram e disseram que gostariam de pedir para Jesus entrar nas suas vidas e família. Fizemos uma oração de entrega, convidando o Mestre para cuidar de cada passo delas e de seus irmãos, confessaram a Jesus como seu senhor e salvador. Pedir para fazer uma oração por elas, oramos juntas por longos minutos e percebi que o ar fechado e duro foi invadido por algumas lagrimas e suspiros. Abraçamos-nos e nos despedimos. Uma semana depois volto à cooperativa e Fernando me conta a historia das duas meninas que estava conversando naquele sábado. Elas faziam parte de uma família de nove filhos e tiveram sua mãe assassinada brutalmente na frente delas e de seus irmãos há menos de um ano e meio. Fiquei chocada e alegre por saber que Jesus havia se atentado para elas. Passado pouco mais de um mês teríamos mais um evento para a comunidade, o dia da alegria. Fomos divulgar nos barracos e estava com uma idéia fixa de encontrar o lugar onde vivia essa família. Os encontrei em um barraco caindo aos pedaços com cheiro de lixo, tinham umas crianças brincando na frente, depois fiquei sabendo que eram seus irmãos. No dia sete de setembro passei o evento todo perguntado e procurando por elas, ninguém apareceu. Tinha guardado duas camisetas de oito anos na minha bolsa pensando que poderia entregar especificamente para alguém, no meio da tarde vi um menino com uma blusa de frio quente debaixo daquele sol intenso. O chamei no canto e perguntei se queria uma camiseta, ele aceitou e trocou de blusa ali mesmo. Tínhamos mais de quatrocentas criança naquele dia, não deu tempo de perguntar seu nome, não sabia nada sobre ele. No final do dia separamos alguns alimento e deixamos com o pessoal da cooperativa para entregarem no barraco daquela família de órfãos. Dez dias depois voltei lá e me avisaram que ainda não tinham levado a cesta para as meninas. Na mesma hora convidei uma moça da comunidade para me guiar até o risca faca, local onde eles viviam. Chegando lá encontrei um lugar que podemos duvidar se algum animal conseguiria viver. O espanto veio quando descobri que viviam seis crianças, duas adolescentes e seu pai naquela miséria. Perguntei o nome de todos, um já foi abrindo o pacote de miojo e comendo cru o outro pegou a bolacha e distribuíram o refrigerante entre si. Fiquei chocada e pedi para acompanhar a Sheila ate a creche de sua irma mais nova. Ela entrou no carro junto com o bebe de quase dois anos, naquele momento ela disse que dois de seus irmãos tinham ido para o dia de alegria e esclareceu que o wemerson tinha ganhado uma blusa e deixado sua roupa de frio lá. Lembrei na hora do rostinho dele e me alegrei em saber que em meio a quase quinhentas crianças tinha tido contato direto com um deles. Voltamos para o barraco e os convidei para orar, todos aceitaram e deram as mãos um ao outro. No meio da oração não consegui mais conter as lagrimas, me despedi chorando e fui berrando da estrutural até ao centro de Taguatinga porque era inadmissível para mim aceitar crianças sobrevivendo como animais. Estava enfurecida com o tipo de sociedade e igreja que estávamos construindo.

Textos não escritos

Vou postar hoje sobre o fato de não escrever há quinze dias. Paro na frente do computador com mil idéias na cabeça, no entanto não há a materialização disso na tela. Ando pelas ruas no dia a dia e tudo é motivo para um texto, mas não consigo colocar no papel. No inicio atribui o bloqueio ao fato de ter um turbilhão de emoções dentro de mim. A construção e execução do natal boas-novas deixou muitos sentimentos e sensações intensos e novos. Vivemos milagres cotidianamente naqueles dias, isso era muito para mim. Passaram-se os dias e comecei a pensar que estava muito cansada, dormindo pouco e cheia de demandas e compromissos e isso não facilitava em nada a criação de um texto. Hoje já penso que desobedeci a Deus. No meio do ano conversando com Ele, pedi uma perspectiva nova nos meus textos, queria escrever com uma influencia direta do Alto, criar por meio de uma mente renovada. Ele me disse que poderia fazer isso e que deveria escrever somente através desse filtro. Oscilei bastante e não me comprometi com a leitura do Livro que seria o único capaz de mudar a minha perspectiva. Pois bem, nao sei ao certo o motivo dessa dificuldade repentina de transferir para o papel os meus pensamentos, isso de certa forma me deixa encabulada, no entanto quero escrever, pegando o gancho do simbolismo do novo ano, com um acesso novo e irrestrito a minha pátria. Definitivamente, preciso escrever como uma cidadã do céu.

Obrigada a todos e todas que, durante o primeiro ano de existência do blog, me surpreenderam com a quantidade de acessos. Amo voces!

2012 é só mais um dia!

Amizades que fiz, obediencia no porvir, sonhos que vivi, um Reino a se abrir.

risos que ri, sapos que engoli, mistérios que descobri, pessoas que conheci.

palavras que falei, conselhos que ouvi, livros que li, caminhos que passei.

abraços que ganhei, sustos que dei, vidas que toquei, aulas que faltei.

noites em claro, delicadeza muito rara, dias corridos, manhas sofridas.

momentos unicos, instantes perfeitos, experiencias incriveis, fotografias.

transito caotico, grama molhada, viagens na mente, pé na estrada.

abraços dados, beijos beijados, carinho efetuado, palavras refrigeradas.

manhas aprisionadas, tardes liberadas, noites acordadas, semanas.

desafios superados, desafios estagnados, desafios em movimento,

o que vale é o momento.

convicções que afastam, certezas que inspiram, contradições vividas,

paradoxos corroidos.

um ser supremo e doce, um deus criador e pai, um amigo fiel e bem-

humorado, um espirito santo em trabalho.

filmes assistidos, conceitos revistos, falas ensaiadas, vida na pratica.

tampas arrancadas, nós desatados, muros destruídos, correntes extintas.

crianças maravilhosas, crianças ardilosas, infancia negligenciada, infancia amada.

uma causa no horizonte, missão cotidiana, ideal eterno, atemporalidade.

trezentos sessenta e cinco dias, amanha tres, meia, meia.

O curso é o mesmo, amanhã é outro dia!

O tal do 25 de Dezembro! por Bia

Texto de uma menina linda e inteligente, daquele tipo que inspira… Recomendo que leia diretamente na fonte: http://biancadepaula.webnode.com/blog/ 

Natal é a época em que todas as pessoas sem amam,em que enchemos nossas bocas daquelas felicitações repetitivas e mentirosas.

Pois,durante o ano não desejamos nada pra ninguém.Somos bonzinhos dando as nossas sobras os mais pobres que nós,levando nossos filhos para ver a desgraça das crianças alheias.

Mas,na hora da sua ceia farta não pensa em nenhuma dessas coisas que fez,não tem coragem nem de pedir à Deus que use alguém de coração generoso para ajudar quem você não ajudou.

O sentido do NATAL e de várias outras coisas em nossa vida tem sido distorcido.Talvez pela nossa covardia de sermos a resposta de nossas próprias orações,pela omissão de fazer algo por nos mesmos.Não temos tido : Famílias Estruturadas,Cidades Pacifícasa,Viúvas e Órfãos assistidos…Mas temos : Carro do Ano,Casa Com Piscina,Roupas da Moda! Não que isso seja ruím,mas temos tanto que não podemos dividir com quem não tem nada.

Nesse Natal fui até a Rodoviária do Plano Piloto com alguns amigos e fizemos uma Ceia Comunitária,logo depois fui para a casa nova das  crianças moravam dentro de um barraco que tinha lama até na canela.O pai trabalha no lixão,tem nove filhos,os quais viram a mãe ser assassinada de forma brutal.No dia 23 eles mudaram do barraco da Estrutural para uma casa no Riacho Fundo II, isso só aconteceu por que algumas pessoas decidiram ser a resposta das próprias orações.

ATÉ QUANDO SEREMOS OMISSOS COM O PRÓXIMO E CONOSCO?

Sinapses (122°)

Altera as minhas sinapses e renova a minha mente, please!

Obrigada pela madrugada linda! Quero amá-Lo mais do que a mim…

Namorado

Naquele dia seis de dezembro tinha a metade dos anos que tenho hoje e fui capturada por um garoto franzino de dezesseis anos. Conversamos durante horas seguidas e aquela conversa seria só a primeira de tantas outras que teríamos ao longo dessa uma década e meia. Nos apaixonamos, vivemos intensamente um namoro de quatro anos e um noivado in-tenso de doze meses. O grande dia chegou e a única coisa que conseguíamos pensar era em possuir um ao outro, vínhamos de um ano de abstinência com um propósito de nos santificarmos para a terceira dobra do cordão. Nesse período nos transformamos em grandes amigos, uma preparação para os grandes amantes que nos tornaríamos.
Amor, você é incrível! Me faz uma pessoa melhor e mais feliz a cada dia, é um grande exemplo de cristão, um pastor prático que cotidianamente desencadeia processos em mim e nas crianças, um homem integro e verdadeiro, um amigo fiel e presente, um amante surpreendente. Beto, obrigada por todos esses anos, obrigada por nunca ter desistido de mim, obrigada pelos três tesouros estupendos, obrigada por cada pedido de calma, por cada risada, obrigada pelas noites maravilhosas e pelos dias surpreendentes, obrigada por diariamente me fazer uma mulher tão bem amada… Amo-o e se pudesse escolher, escolheria você em todos os cinco mil e quatrocentos e setenta e cinco dias que se passaram, escolho você para todos os dias futuros que Ele me presentear, meu eterno namorado!

Morte versus vida (121°)

Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto. João 12:24

Saudades…

Depois de meses seguidos de seca, uma gota de água caiu na minha garganta no inicio da tarde. Conversei com rebeca durante quase uma hora ao telefone e pelo simples fato de estar com ela os meus olhos marejaram em vários pontos da conversa, estão marejando nesse momento em que escrevo. Nos primeiros dez minutos seguiram os informes gerais, facul, trabalho, familia, igreja, crianças… Logo depois o relógio parou e nos deliciamos uma com a outra. Uma conversa profunda e desestabilizadora. Nada é superficial nesses momentos. Incrível como rebeca tem uma capacidade de ser extraordinária. Falamos sobre sofrimento, reino, dor, anas, eternidade, cultura, referenciais, fases e tantas outras coisas que vão se emaranhando numa conversa que parece mais poesia do que prosa. Rebeca, gatissima, amo você! Obrigada por tudo!

Que saudade que não passa, só aumenta…

Santo! (120)

Finalizando o texto de ontem… Saí do encontro com a Ana e comecei a berrar no carro, enlouquecida com esse Deus que é violentamente assombroso em amar. Parei em frente à Igreja Casa da Bençao buzinado igual uma desesperada para que eles abrissem a torre de oração. O meu desejo era ver o sol nascer com Aquele que nunca fez sequer menção à palavra mediocridade. Queria terminar aquele dia e iniciar o outro conversando com Ele. E assim foi… Eles abriram a porta para mim, eu subi e o adorei intensamente naquela torre vazia.

Os não-mediocres (119°)

“Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação” Hb 2:3

Vos apresento irmã lucia e irmão zé, um casal de não-mediocres, dirigentes do centro de recuperação salomão – unidade feminina. Arrisco dizer que é a única casa de recuperação para mulheres do DF. Um casal de meia idade, uma senhora e um senhor. Ela traficou durante anos, ele foi seu cliente muito tempo. Ela seis anos de cadeia, ele com doze anos nas costas. Hoje no local onde era a boca está uma casa de justiça. Dezoito mulheres, três cultos diários, uma cozinheira de primeira, todas as refeições do dia, responsabilidades, trabalho, amor. Voces precisam conhecer esse lugar e esse louco casal. Zé e lucia obrigada pela boa prosa e por terem desencadeado um processo de fé em mim.

Não-mediocre, extraordinário, velho lindo e estrábico. Zé Pacheco é o seu nome, idealizador da Escola da |Ponte. Sai da palestra aos pratos por ter certeza de que aquele homem que não se diz abertamente cristão se parecia cotidianamente com Jesus muito mais do que eu e do que todos aqueles que me cercam.

Apresento-vos Denis, nos encontramos antes de hoje numa negociação para a loja há uns anos. Foi uma surpresa reencontra-lo na vigília do fire porque não sabia que ele era crente. Lembrava dele como um cara que fez um letreiro para mim. Pois bem, conheci o verdadeiro Denis hoje. Um homem impregnado por Deus, cheio de fé e com uma visão do Reino e do Pai intensa e verdadeira. Mais um não-mediocre. Poderíamos passar dias conversando…

Talita é o nome dela. Já tem alguns meses que o assunto infância, órfãos e miséria não saem da minha boca. Sempre entro em um desses três temas durante as rodinhas e conversas. Falo sobre isso com qualquer um ou uma que cruzar o meu caminho. Para algumas estou muito chata, para outros insuportável, impositiva e mais alguns adjetivos. Deus havia falado mais cedo através de uma não-mediocre que era para eu me calar e cheguei na vigília com esse propósito. No entanto, me aparece Talita, não a conhecia até aquele momento. Começamos a conversar, ela faz pedagogia e entramos sem reservas no assunto educação e reino. Note que foi ela quem puxou conversa e lá pelas tantas afirmou “não entendo como nós fazemos sociedade e igreja dessa forma, deixando crianças morarem na rua, passarem fome e frio”. Uma jovem linda com o peso do coração de Deus. Falou sobre as crianças excluídas com tanto amor e vontade que fiquei extremamente constrangida. Talita, obrigada por me incentivar a sonhar ainda mais. Não estou sozinha…

Muito prazer seu nome é Ana. Cinco da manha, voltando da vigília, vejo uma moça descendo de um carro próximo a uma área de prostituição. Uma moça franzina de vestido tomara-que-caia. Parei o carro ela veio se insinuando quando a avisei que Deus tem um plano em sua vida. Sorriu sem graça deu dois passos para trás enquanto eu a bombardeava, deus tem um destino pra você, ele te ama, você e filha dele, jesus morreu por você e sempre ouve quando fala com ele e tantas outras coisas. Ela se alegrou e agradeceu. Prossegui com o carro uns 10 metros e voltei de ré, perguntei de pronto: posso orar por você? ela sorriu acenou com a cabeça dizendo sim. Desci do carro peguei em suas mãos frias e frágeis e começamos a orar, bem ali na porta do motel. Ela aos prantos não se continha e deixava o Espírito de Deus a ministrar. Ana é o seu nome. Uma mulher com um futuro não-mediocre projetado pelo Pai.

Aguardem!

Tendo Paciência e Misericórdia

Tudo Para Moçoilas

Jesus é o meu Pastor! (118°)

O ouvir e obedecer a Deus, a correspondência ao Espírito Santo, o seguir os passos de Jesus vale para nós que vivemos no século XXI. Vale para qualquer um que queira estreitar a relação com o Criador de todas as coisas. Nos últimos meses essa bandeira foi hasteada de forma pública nas nossas vidas. Queríamos experimentar a direção de Deus na prática. Mover-nos com o sopro do Seu vento. Foram dias intensos, muitos deles desconfortáveis, alguns bem doloridos, no entanto nada se compara a certeza de que a voz do Pastor das nossas almas é real. Ele quer nos guiar como ovelhas, para tanto, se faz necessário uma desconstrução de conceitos e motivações. É necessário deixar de lado o controle humano vindo de nós mesmos.  Estamos aprendendo que a nossa reputação é lixo e a nossa justiça, um grande trapo de imundície. Negar a si mesmo, ouvir e obedecer, tomar a cruz são propostas do Pai para nós cotidianamente. O quanto queremos isso, qual o tamanho da nossa sede, o quanto desesperados estamos vai determinar se nos próximos dias seremos do tipo Saulo que mata em nome de Deus ou do tipo Paulo que morre para a glória do único que é digno.

Jesus é o nosso Pastor e definitivamente nada nos faltará.

Jesus salva! (117°)

Suma daqui! (116°)

Em um mundo nem tão distante assim, um diálogo interessante…  Acompanhe:

Essa história de amar um ser mais do que a si memo e amar os outros como ama a si próprio funciona com alguem desse lugar?

Porque pergunta isso?

Não entendo, vejo muitos afirmando isso, mas em cada sinal que paramos tem um outro humano pedindo moedas e comida, eles estão sempre sujos e com cara de esfomeados, além do que, os outros seres que estão dentro do carro fecham o vidros, eles nem escutam o que está sendo dito pelo humano que está do lado de fora e ainda mais, tem crianças que dormem na rua. Não entendo amor dessa forma…

Vou te explicar uma coisa, essas pesoas nao querem nada com nada, elas sao viciadas e na verdade gostam da rua, escolheram viver assim…

Voce está me dizendo que esses seres preferem ser ignorados, sentirem frio e fome, do que viverem como voce? Estou mais confuso ainda…

Não é bem assim, ninguem gosta de sentir essas coisas, mas… é melhor a gente mudar de assunto, vamos falar do quanto Deus me abençõou este mês…

Não! voce está louco! vamos falar dos outros humanos que não tem nem onde dormir, como voce consegue falar sobre coisas sabendo que tem outros iguais a voce que nao tem o que comer. Que bençãos sao essas que voce quer conversar, não faz sentido algum para mim, afinal de contas o livro que voce segue diz que precisa dar de comer aos necessitados, cobrir o nu, visitar os presos e mais tantas outras coisas… Ainda temos os orfaos e a viuvas… Não aceito mudar de assunto!

Não é bem assim, eeu hã, faço o bem, dei ate uma moedinha para aquele jovem do sinal, voce está me julgando.

Não quero saber desse deus que  voce diz que te encheu de bençãos se existem tantos outros iguais a voce que não tem o minimo para sobreviver. Crianças, voce entende isso? são crianças que precisam. E não vem com esse papo de reino de deus porque eu já li o livro e lá está escrito que as crianças são donas desse reino que voce fala. Isso está parecendo mais um reino do EU!

Não! desse jeito voce está me ofendendo, eu quero fazer, eu quero ajudar, mas as pessoas não estão prontas e são tantos problemas na minha cabeça… Você está me deixando confuso, será que posso mesmo fazer algo?

Claro que sim! pense menos em voce e olhe para fora, saia das suas picuinhas, do seu reininho particular, largue o seu controle, se voce crê mesmo nesse deus que tanto fala além da garantia de que ele te abençoa e paga o seu salario voce pode ajudar sim. Levar um desses iguais a voce que moram na rua para comer ou banhar na sua casa, cuidar de um orfao no final de semana ou ainda sair do conforto do seu lar e visitar um presídio ou um abrigo. Sabia que tem órfãos que sonham com um banho de chuveiro? Tem idéia do que seja isso…

Não sei não, acho que não estou pronto, tenho medo, um dia ouvir de outro humano que para fazer uma dessas coisas eu precisava de uma cobertura, de uma autorização do outro humano.

No livro está escrito isso? nao entendo! Esse deus que voce fala manda os humanos amarem a Ele acima de tudo e amarem aos outros humanos como se fossem a eles mesmos , onde está escrito que para isso voce precisa de uma autorização de outro humano?

Bem, hã, nao sei dizer, mas prefiro não arriscar… prefiro viver desse…

Desculpe! mas tenho que te interromper, voce chama isso de vida? no livro que voce crê está escrito que qualquer humano que vive como se tudo se resumisse a essa terra seria um miserável. Acho que agora entendi um pouco, não vejo mais o outro humano do sinal como o pobre e necessitado, mas voce! se eu conseguisse tirar toda essa capa de roupas, titulos e carne de cima de voce, veria de fato que o necessitado em toda essa história é TU.

Saia do meu carro agora, voce já passou dos limites! Não aguento mais, preciso me livrar de você. Onde já se viu, me chamar de miserável…

Que venha a Cultura do Reino (115°)

o chão se abriu

crenças duradoras ruem

sofismas se abalam

um novo horizonte

não há mais desculpas

o desconforto é real

um movimento contra-cultural

dias de reflexão e muita agitação

uma badeira hasteada

uma proposta para hoje

o ouvir e obedecer como algo a conhecer

sermos um com Jesus

para de fato ao Pai ouvir

a sensação que me dá

é facil de explicar

uma saida do aquario

para desbravar o mar

um reino por avançar

uma cultura a se instalar

que venha a Cultura do Reino!

Pseudo-jornalismo na Record

O tipo de jornalismo apresentado pela Record no ultimo domingo não é novidade entre os meios de comunicação de massa em todo o mundo, viciados em partidarismo e intrinsecamente sensacionalistas. Entendo que todos os assuntos e fenômenos sociais devem ser alvos de discussão e publicidade, no entanto, a forma como se comportou a equipe de redação da Rede Record na reportagem sobre o Espírito Santo e os cristãos foi vergonhosa. Não acompanho a linha jornalística dessa emissora e nem de outras, mas fiz questão de assistir aos quase quarenta minutos de pseudo-jornalismo na noite de ontem.

Pensando nisso, creio que algumas questões devam ser levantadas pelos cristãos nesse momento. Por exemplo, a grande obra do Espírito Santo no mundo que é a transformação do homem para voltar a ser a imagem de Deus pisando na terra. A maior obra do Espírito Santo é destruir processos individuais construídos ao longo de anos de ausência de influência dessa parte da Trindade na vida do ser humano. A proposta bíblica para os cristãos, feita nos últimos momentos de Jesus, foi a vinda de um consolador que nos daria a chance de fazermos obras maiores do que as Dele mesmo.

Passamos muito tempo da nossa vida sem conhecer a pessoa de Jesus e os seus evangelhos, ignorando a presença do Espírito Santo, no entanto depois que passamos a crer no sacrifício e ressurreição do Mestre continuamos em um nível de ignorância muito parecido com o anterior. Achamos que a maior obra do Espírito Santo na terra é derrubar as pessoas com o Seu poder e em alguns casos oferecer uma crise de riso ou de choro. Construímos as nossas práticas espirituais dessa forma, desassociamos de vez o natural do espiritual. E isso é um grande erro. Enquanto estou em uma reunião cristã tenho a chance de ficar sob os efeitos do Espírito Santo e pular, dançar, gritar, chorar, se debater, se entortar, rir descontroladamente e tantas outras práticas. Quando a reunião chega ao fim volto ao mundo natural e continuo reproduzindo sistematicamente ações e reações sem a menor influência do Espírito Santo na terra. Precisamos repensar isso.

Jesus em nenhum momento fez separação entre o físico e o eterno. Ele era os céus abertos ambulante, porque o Espírito dele era santo cotidianamente. Não havia dicotomias, nem inconsistências. Ele era homem ao mesmo tempo que era santo. Essa discussão e prática intitulada pela reportagem da Record de forma tendenciosa como “cai-cai” não resume a manifestação do Santo Espírito na terra. O Espírito Santo se move no homem e através do homem com objetivos bem mais nobres, objetivos de um Rei para um Reino. Essa reflexão, sim, é importantíssima e necessária para sermos de fato corpo de Cristo e assumirmos o nosso verdadeiro papel na sociedade: o avanço do Reino de Deus.

Citarei algumas prerrogativas do Espírito Santo atuando no homem e através dele:

DIREÇÃO: Cristãos falando a coisa certa no momento certo – Porque na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos convenha falar. Lucas 12:12   

ALEGRIA: Cristãos libertos do conceito de felicidade que é ilusório e cruel para viverem genuinamente um estado de constante alegria – E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo. Atos 13:52 E Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Romanos 14:17

TRANSFORMAÇÃO SOCIAL: principios do Alto mudando a sociedade – Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade; Efésios 5:9

CORAGEM PARA CUMPRIR A MISSÃO: conforto, consolo e disposição – Senão o que o Espírito Santo de cidade em cidade me revela, dizendo que me esperam prisões e tribulações. Atos 20:23

EDIFICAÇÃO PESSOAL: caminhada para prosseguir em conhecer a Deus – Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, Judas 1:20

FILIAÇÃO: capacitação para sermos de fato filhos de Deus cotidianamente – Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Romanos 8:14

HUMILDADE: o unico caminho para a cruz, de fato negando a si mesmo – Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais. Atos 7:51

VER A GLÓRIA DE DEUS: Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; Atos 7:55

REMÉDIO PARA A PÓS-MODERNIDADE: Homens e mulheres espirituais que entendem que são a resposta para esse tempo. Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Gálatas 5:22

ARREPENDIMENTO: Se deixamos de pecar, se nos arrependemos quando pecamos nunca é porque somos bons demais, mas, sim, porque o Espírito Santo nos conveceu – E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. João 16:8

 

Valeu! (114°)

Natal Boas-novas (113°)

Hoje começamos o grupo da infância com uma afirmação “temos que fazer algo para as crianças da estrutural no natal”. Estávamos cheias de idéias e com muita vontade de iniciar a organização desse evento. Mulheres reunidas, falando quase que ao mesmo tempo com muita vontade de controlar todo o processo e também os resultados.

No calor desse momento tivemos o entendimento de que não tínhamos ainda uma direção de Deus e não poderíamos fazer nada pela nossa própria cabeça. Decidimos, enfim, orar, crendo que o Pai iria nos responder até o final daquele encontro. Ficamos um período longo clamando a Ele, muito choro e gemidos. Algo estava sendo parido naquele momento, não sabíamos o que seria, mas tínhamos certeza de que Jesus estava no nosso meio. Era densa a sua presença. Logo em seguida, nos juntamos mais uma vez para compartilharmos as impressões espirituais. Um brainstorm espiritual genial e surpreendente. Alguns trechos bíblicos foram lidos e a certeza que começava a tomar forma era a de que Jesus queria um presente no natal, as almas. Alguém falou que poderíamos mostrar o real significado do natal para as crianças da favela levando os símbolos da ceia que Jesus teve com seus discípulos pouco antes do gólgota, mas ainda não estava completo. Grande parte da comunidade passa fome não só do pão da vida, mas de alimento sólido. Havia um consenso de que seria impossível prepararmos uma ceia com peru, farofa e tudo o mais para um número infindável de pessoas, nesse momento alguém falou “vamos levar a ceia até eles” Sim! Tínhamos o inicio do plano! Entrar em cada barraco levando a mensagem da cruz com o objetivo de fazermos junto com a família que ali mora a oração de confissão a Jesus. Declarando que Deus é bom e abençoador e nos levou com peru, farofa, arroz e panetone na mão até aquela família para dizer que Ele não só entregou o seu Filho por eles, mas continua cuidando de cada um dos seus dias. Uma invasão de amor e poder, graça e misericórdia.

No dia 17\12\2011 vamos invadir mais de mil lares com a mensagem do Cordeiro morto que ressuscitou. Vai ser um dia de festa no céu e assombrosas manifestações de amor e poder de Deus na terra. Clame desde já pelo total controle do Espírito Santo não somente neste dia, mas em todo o processo de construção do Natal Boas-novas.

Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
Hebreus 11:1 e 3

 

Oração de Maria, uma vocacionada (112°)

A minha alma engrandece ao Senhor,

E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador;

Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada,

Porque me fez grandes coisas o Poderoso; E santo é seu nome.

E a sua misericórdia é de geração em geração Sobre os que o temem.

Com o seu braço agiu valorosamente; Dissipou os soberbos no pensamento de seus corações.

Depôs dos tronos os poderosos, E elevou os humildes.

Encheu de bens os famintos, E despediu vazios os ricos.

Auxiliou a Israel seu servo, Recordando-se da sua misericórdia;

Como falou a nossos pais, Para com Abraão e a sua posteridade, para sempre.
Lucas 1:46-55

Somos filhos adotivos! (111°)

Estou há alguns dias sem escrever e a sensação que tenho é a de uma porta rangendo porque está dura para abrir. Gostaria de escrever sobre os órfãos, mas qualquer palavra nesse momento seria menos do que realmente eu precisaria dizer. A única coisa que peço a você é que não fique um dia sem orar pela infância, adote os seus filhos biológicos o quanto antes e viva de fato como filho amado de Deus…

Fomos adotados por Ele!

Pós-vigília (110°)

Mais um mês, o décimo do ano, mais uma segunda sexta-feira, mais uma vigília. A expectativa estava altíssima, estávamos gerando em nosso espírito a madrugada do dia quatorze de outubro. Adoração intensa com intervenções inspiradas pelo alto, uma palavra contundente e cheia de amor, mais adoração, entrega e paixão, palavras proféticas, declarações de fé, adoração, adoração, mais oração e às quatro da manhã chega ao fim um momento ininterrupto de cinco horas entregues na presença Dele. Uma madrugada inesquecível!

Mas hoje quero me atentar à pós-vigília. Sobre as conseqüências de horas na Sua Presença. Na terceira vigília coloquei uma foto aqui no blog de um grupo de pessoas em cima de um penhasco se preparando para saltar de pára-quedas. A minha visão continua a mesma. A conseqüência da vigília tem que ser mais fome de Deus e isso tem de nos levar a atos de justiça, ações práticas de amor. Uma vida dedicada a Ele, uma prática, um estilo cotidiano de manifestar amor e poder. O sobrenatural se tornando natural e palpável.

A vigília é uma preparação, uma capacitação do Alto, um desencadeamento de destinos para cumprirmos nossa missão. Tem um provérbio que diz que a fome incita a pessoa ao trabalho. Se escolhemos passar horas na sua presença quando poderíamos fazer qualquer outra coisa, temos muita fome, agora precisamos olhar para a segunda parte, o trabalho, as ações práticas, os atos de justiça. Não sei o que Deus vai propor para você, mas sei que você precisa ir. Manifestar de alguma forma, se trancar no banheiro até ouvir a voz Dele, tirar um bêbado do sol e colocá-lo na sombra, levar um mendigo para cortar o cabelo, fazer a barba e comer uma deliciosa refeição, programar as próximas férias para uma viagem missionária em Moçambique ou no árido sertão brasileiro, apadrinhar um órfão e levá-lo para a sua casa nos finais de semana, ir para o monte e passar o dia inteiro só com Ele e Sua palavra, falar do amor de Deus no ônibus, na praça, no metrô, orar por todo enfermo que você encontrar, levar sopa na cracolândia, dar rosas a umaprostituta dizendo que Jesus a ama tanto, levar um lanche aos presos e presasque nunca recebem visitas de ninguém, visitar o Caje, ouvir a história dosmeninos e meninas, dar esperança a eles, adotar os seus filhos de fato, ir aohospital contar historias para as criancinhas doentes, deixar uma grana no bolsocom a expectativa de entregar a um desconhecido, dividir os seus sapatos com aquela moça que só tem um ou dois pares e tantas outras ações práticas de amor.
Deixando claro uma só mensagem: Deus te ama ao ponto de me mandar fazer isso por você!
Uma revolução de amor! Uma geração sem rosto incendiado o mundo com amor e poder. Tá valendo!

Lembrando que isso é idéia do Amado Mestre desde sempre (Mateus 25:32-46)

E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda. Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me
de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes. Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor,
quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim. E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.

Provérbios 14:31, 16:26, 19:17, 31:09, 31:20

Crônica do dia

Que meu trabalho é uma chatice todos sabem, agora ter que admitir é constrangedor e escrever sobre o assunto é deprimente. Passei vários anos com o pensamento de que seria uma questão de aplicar o filtro certo à situação. Veja com bons olhos você trabalha só meio período ou o seu salário está acima da média ou ainda faça a diferença e torne o seu trabalho incrível. Hoje quando penso em um dessas afirmações embrulho o estomago porque fiz as pazes com o fato de não ter a menor vocação para um trabalho alienante e repetitivo. Para muitos estou sendo ingrata, exigente, sonhadora e tantos outros adjetivos que tentarão justificar o meu posicionamento. De antemão quero explicar que amo o contracheque, as pessoas que dividem comigo o espaço físico e o fato de trabalhar apenas meio período. O sistema capitalista usurpou de nós o trabalho como uma fonte de transformação e prazer nos inserindo em uma ciranda de obrigação alienante. Especialmente hoje se não tivermos super ocupados com obrigações sem sentido não temos sucesso. Estou há quase dez anos vivendo assim e quero novidades para os próximos anos que Ele permitir que eu tenha. Por exemplo, ser achado em qualquer lugar por meio do celular é uma das maiores prisões dos nossos dias. Tudo é justificado diante desse aparelho onipresente, o almoço interrompido, a discussão paralisada, o afeto precipitado, a palavra não finalizada, a brincadeira estagnada, o sorriso latente, o abraço iminente, o perdão estacionado. Uma vida inteira gravitando em torno da tirania de uma tecnologia. Falar de contemplação e solitude nessa era é semelhante a falar sobre aeronave quando se utilizava o pombo-correio. Jesus era contemplativo, não era capitalista nem tampouco consumista. Jesus andava na contramão do sistema, vivia um dia de cada vez e incitava a todos ao ócio com as suas belas palavras transcritas aqui “E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais preocupados? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? (Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6:27-33”

Precisamos perseguir esse exemplo. Que venha a cultura do teu Reino sobre nós, Jesus!

iculturadoreino (109°)

Amore mio

Para o meu marido, meu pastor, meu amigo, meu amante. Você é lindo. Amo-o!
“que a casa tenha se mantido de pé ainda compreendo
é feita de cimento, tijolos, artigos rudes e mãos ásperas
mas nossa estabilidade foi de uma categoria insuspeitada
nós que fomos feitos de sentimento, sangue e inocência
mantivemos o equilíbrio e o bom senso e descobrimos
que somos também fabricados com material resistente
ainda hoje te surpreendo emocionado e me pega re-
fletindo
as cortinas balançam na sinfonia de nossos silêncios
entretidos sabe-se lá com que pensamentos fantasiosos
eu queria estar aí dentro para acarinhar tua alma generosa
e assegurar que nada ameaçará vibrar nossas paredes
somos sólidos e aderentes e manteremos de pé a casa
da gente
Martha Medeiros

Pequeno demais! (108º)

O amor está no ar. A única coisa que exala dos textos bíblicos para mim nos últimos meses é o amor, um louco amor de um Perfeito por todos nós imperfeitos. Jesus, o Deus encarnado em homem, não propagou uma religião, nem uma revolução, não levantou nenhuma bandeira a não ser o “ouvir e obedecer ao Pai”. Porque Ele foi tão eficiente? Porque até os dias atuais os ensinamentos Dele são tão coerentes e sólidos? Porque Ele continua sendo o maior e melhor líder de toda a história? Porque a mensagem desse Homem foi espalhada pelos quatro cantos por um grupo pequeno de pessoas sem acesso a nenhum meio de comunicação de massa? Porque continuamos admirando e contemplando um personagem que existiu há mais de dois mil anos? A resposta para todas essas questões é a mesma: Jesus não fazia nada por Ele mesmo, mas ouvia e obedecia ao Pai. Podia ver o que ninguém via, sentir o que todos sentiam, agir de forma inesperada, resolver conflitos impossíveis, tocar a alma de toda sorte de gente e exalar um perfume no ar, o amor. Jesus, a materialização do amor do Pai, o amor ambulante. Ele surpreendia sempre, era criativo em fazer isso. Enquanto qualquer mente normal e humana apedrejaria, Ele escolhia amar. Que louco amor é esse? Que proposta indecorosa é essa que vale também para nós na contemporaneidade, a proposta de ouvirmos e obedecermos ao Pai? Isso não é uma super-espiritualidade ou um misticismo, mas uma realidade que deve ser assumida por cada um que crê no Mestre. Ontem estávamos em um momento de tensão, tendo que decidir algo rápido, precisávamos de uma resposta imediata de Deus. Estávamos há horas levantando a bandeira de que estamos buscando uma vida pautada no ouvir e obedecer ao Pai. Algumas pessoas estavam esperando a nossa resposta e nesse momento o Beto me falou que Deus podia nos responder naquele exato momento, isso desencadeou uma fé impactante dentro de mim e verdadeiramente eu cri que Ele falaria nos próximos minutos. Estávamos ali esperando que isso acontecesse e Ele o fez. Deu-nos um texto, Lucas 23, e contextualizou a nossa situação. Tínhamos uma resposta, estávamos vivendo o prático. Nada mais importava, tudo era pequeno demais diante da materialidade de sermos guiados pelo Pai.

Somos irmãos e irmãs Dele! (107º)

Vocês já repararam a intensidade da declaração de Jesus no primeiro diálogo após a sua ressurreição. Nunca tinha me atentando o quão profundo e revelador foram as suas palavras naquele dia diante de uma maria. Em uma sociedade machista Jesus escolheu falar pela primeira vez com uma mulher, chamando-a pelo seu nome. Ele é surpreendente demais. Naquele momento de aflição entre todos os discípulos e pessoas que conviviam com o Mestre, Jesus aparece e diz: “Maria, não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.”

Jesus estava literalmente falando para Maria viver o momento, pedindo para que ela alinhasse os seus sentimentos com a realidade daquele instante, a presença corpórea Dele na terra. Não podiam perder tempo ali com choro ou lamúrias, Ele ainda não tinha ido embora. Jesus permanecia na terra, no meio de seus irmãos. E isso é revelador demais, Ele se refere aos seus contemporâneos como irmãos, deixando muito claro que está indo para Deus que é o seu Pai e também o nosso Pai e nosso Deus. Jesus foi um com o Pai durante todo o tempo aqui na terra e a proposta para nós continua sendo a mesma, sermos um com Ele. Para isso precisamos obedecer a seus mandamentos para que de fato o amemos e sejamos seus filhos, guiados pelo Espírito da verdade. Isso nunca foi uma religião ou um ritual litúrgico ou ainda, uma prática eclesiástica. Isso é vida real, é cotidiano. Uma afirmação visceral e totalmente prática é o resumo do que é obedecê-Lo. Jesus disse “ame o Senhor teu Deus de todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de todo o seu pensamento”. Amar a Deus acima da nossa vida, do nosso conforto, acima do desejo de todas as coisas funcionarem da forma que planejei. Amar a Deus acima das notícias boas e das notícias ruins. Amar a Deus com tudo que há em nós. Amá-Lo com os nossos sentimentos, vontades e desejos. Amá-Lo de forma racional e intencional, demonstrando o nosso amor. Como fazemos isso? Qual é a prova de que de fato amamos a Ele com todas as nossas forças? Respondo com o segundo grande mandamento que é semelhante ao primeiro, um pouco menos abstrato, mas de mesmo impacto, “ame ao seu próximo como a você mesmo”. O próximo é qualquer outro que está sobre a face desta terra. O prático é esse, escolher amar, demonstrando esse amor. Um grande desafio para mim e para você.

João 20:17

Mateus 22:37-39

Reconcilie-se! (106°)

Faça pontes…

Seja a ponte…

Jesus morreu por todos!

Perseverança com alegria (105°)

Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições. Em parte fostes feitos espetáculo com vitupérios e tribulações, e em parte fostes participantes com os que assim foram tratados. Porque também vos compadecestes das minhas prisões, e com alegria permitistes o roubo dos vossos bens, sabendo que em vós mesmos tendes nos céus uma possessão melhor e permanente. Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão. Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa. Porque ainda um pouquinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará. Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma. Hebreus 10:32-39

A Árvore da Vida

Como é difícil falar de gente talentosa, autêntica e corajosa. Esse tripé está cada vez mais distante desse tempo em que a imagem é mais importante do que tudo. Há algumas semanas conheci a obra de um desses raros, Terrence Malick é o seu nome, o gênio que está por trás do arrebatador e impressionante “A Árvore da Vida” em que nada é explicado, apenas contado e isso é uma grande façanha. Uma odisseia sobre a criação do mundo e sobre a criação de filhos, poético e cruel. Desde quando saí da sala de cinema, penso sobre o filme e já desistir de entendê-lo. Talvez por se aproximar um pouco da minha realidade de infância, tudo fique ainda mais confuso. Os personagens são um pai autoritário com um desejo mórbido de fazer a coisa certa e uma mãe amorosa, mas assombrosamente passiva e seus três filhos. Logo no inicio é lançado que há dois caminhos, o do amor e graça e o da natureza e agressividade, ao longo do filme esses dois pólos se  complementam de forma inexplicável. Bem, porque o filme não pode ser explicado, pelo menos não consegui e acredito que não farei mesmo que o assista muitas vezes, porque é um filme para ser sentido. A partir daqui, falarei sobre os sentimentos suscitados em mim durante as mais de duas horas de película: tensão, desconforto, entranhas sendo remexidas, noção cruel e amedrontante de responsabilidade sobre os filhos, desejo de ir embora, desejo de ficar, revolta, dúvidas, ???????, grandiosidade e perfeição de Deus, surpresa, tristeza, vazio, impotência, esperança… Aff! Tenho a impressão de que você não vai se animar em assistí-lo depois desse relato, no entanto, continuo recomendando a todos. Deixe a sessão pipoca de lado e se agonie com o belíssimo “A Árvore da Vida”.

A geometria do sonhos

Mais uma peça no Ciclo Internacional de Teatro para Bebês, dessa vez a família toda compareceu. O espetáculo chamado “A Geometria dos Sonhos”, de uma companhia espanhola estava badaladíssimo. Platéia ilustre formada por pequeninas e pequeninos cheios de curiosidade. Iniciado o espetáculo o que se via eram olhinhos estatelados. A Bebel, de um ano de idade, sentou sozinha na primeira fila e praticamente não piscou durante toda a encenação. Olhares brilhantes, sorrisos espontâneos, rostinhos alegres e surpresos. Misa, Lalá e Marquinhos prestigiando um espetáculo  internacional feito sob medida para o tamanho deles. Estou animadíssima com a proposta e já um pouco triste porque temos apenas mais um final de semana para nos deliciarmos. O personagem principal era uma pedra, algo fantasioso, mas de uma profundidade impar. Depois de algumas horas perguntei para as crianças o que elas mais tinham gostado no espetáculo, de pronto, responderam que gostaram quando a pedra voou e também quando ela dormiu, não deixando de mencionar o momento em que ela chorou. O sonho da pedra era virar uma nuvem para enfim chorar. Meu sonho é passar os anos que o pai me permitir com um coração de carne batendo dentro do peito e não com uma pedra rígida e imutável…

Mar de nuvens (104°)

Texto escrito no avião, em tempo real.

Estou encantada com a visão de hoje do vôo de volta para casa. Olhei pela janela e fixei o olhar ao ponto de encher os olhos de água. Um mar de nuvens disponível para mim durante quase duas horas. É lindo, infinitamente lindo, assombrosamente calmo. Enquanto isso, leio a historia da vinda de Jim Stier para o Brasil quando ainda era bem jovem e um dialogo me chamou a atenção.

____ Parece que perdi o controle, não tenho mais controle de nada, não sei o que fazer, Jim se desespera…

 ____ Perdeu sim, porque agora o controle passou para as minhas mãos, Deus responde.

Lacrimejei de novo. Sonho com isso, uma vida entregue totalmente a Ele. Olhando para as nuvens a única coisa que consegui balbuciar foi “Pai, da mesma forma que você mantém as nuvens suspensas no ar, da mesma forma que controla a rotação e segura as estrelas, controle o meu dinheiro e o meu tempo. Quero o seu absoluto controle sobre essas duas partes da minha vida. O ouvir e obedecer não como uma lenda ou algo super espiritual, mas uma realidade cotidiana. Uma naturalidade, um tom nonsense, um dia a dia dependente. Como penso nisso, como sonho com  isso, mas aos trinta anos ainda não experimento e sou teórica. Tenho pensado em coisas práticas que me levarão a essa realidade. Um exercício que quero nesse novo mês é andar com uma grana no bolso e esperar Ele me dizer o que fazer. Tenho tido algumas experiências com relação a presentes, de ir para um lugar escolher algo para alguém e esperar Ele me dizer o que é para comprar. É sempre tão bom e gratificante quando consigo. O desejo para os próximos dias é que isso se intensifique ao ponto de virar um estilo de vida, uma cultura, uma realidade factual. Vou compartilhar mais quando as coisas se intensificarem, por enquanto o que posso dizer é que o mar de nuvens continua perfeito e sereno. Obrigada, Jesus, pelas regiões celestes…

E a vida eterna é esta: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a quem enviaste, Jesus, o Messias. João 17:3

Jesus não é religião (103°)

O sobrenatural de Deus é também para nós que vivemos no século XXI, nesse tempo de imagem e consumo. Precisamos crer nisso. Como alcançaremos as tribos, os homossexuais, os artistas, os punks, os hippies e toda sorte de gente se não manifestarmos o poder de Deus na terra. Ninguem mais quer blábláblá, humanismo ou argumentos bem estruturados, desejamos a prática, o poder manifesto. Todos nós temos um buraco na alma que tentamos preencher com tudo o que o sistema nos oferece, vícios, entretenimento, drogas, sexo, poder, consumo, mas não conseguimos acabar com esse rombo que temos. A bíblia diz que Deus colocou um desejo pela eternidade em cada um de nós, somente a ação sobrenatural do Espírito Santo pode acabar com esse vazio. Precisamos buscar isso, conversar a respeito disso, ler sobre isso, crer que é possível… Precisamos clamar, chorar… Precisamos praticar mais, amar mais, sermos de fato parecidos com o Cristo, suas mãos, sua boca, seus pés na contemporaneidade. Eu creio!!!!!!

Venha o Teu Reino (102°)

É engraçado como algumas atitudes tomam proporções inesperadas. Nessa primeira semana de tatuagem tive um pouco da dimensão do impacto que a mensagem causa entre os meus colegas da UnB. Em um ambiente em que falar de Jesus e manifestar qualquer tipo de crença é visto como ignorância e estupidez ter uma mensagem tatuada no meu corpo é um grande presente de Deus. Estou sonhando com um tempo em que o poder do Criador invadirá o campus universitário, a juventude politizada e produtora de conhecimento. Oro e penso nisso sempre! Um novo tempo, uma nova espécie. O sobrenatural destruindo todas as fortalezas mentais, toda a segurança racionalizada de um conhecimento construido sem nenhuma interferencia do alto. Sonho com o dia em que os cristãos serão tão influenciados por principios do Reino ao ponto de ditarem a moda, a mídia, a legislação, a cultura, a produção academica e toda sorte de coisas. Com esse texto faço um clamor aos jovens: Passem horas com Deus, sonhem muito, sejam os melhores em tudo o que fizerem e amem a Jesus mais do que as suas próprias vidas. Que venha o Teu Reino e a Tua Justiça sobre os universitários brasileiros, precisamos de uma intervenção, Pai. Cremos no sobrenatural e desejamos isso com todo o ardor da nossa alma… Vem sobre nós, Senhor  Jesus!!!

Amizade: uma surpresa! (101)

O assunto amizade já foi motivo de alguns textos aqui no blog. Hoje volto a este tema para afirmar categoricamente que amizade não é uma equação, algo linear e passível de controle. Intrinsecamente, somos surpreendidos por ela, não conseguimos precisar o exato momento em que a amizade nasce, mas podemos especular em quais tipos de terrenos ela não vinga. Em um ambiente controlador, tipo, vire minha amiga nas próximas 24 horas ou, ainda, faça do meu jeito, seja igual a mim pode surgir toda sorte de coisas menos uma amizade. Em um proceder egoísta, tipo, faça por mim, mas saiba que nunca tenho tempo para fazer por você ou, ainda, não quero dividir sua amizade com ninguém e tantos outros sentimentos de posse e insegurança a amizade vai continuar sendo uma palavra comum, mas totalmente distante.

Definitivamente a amizade é uma bela surpresa, um presente despretensioso, uma chuva inesperada que pode durar  por toda a vida, uma semente que não sabemos que está germinando dentro da terra e de repente torna-se um jardim repleto de aromas e cores, uma dádiva, uma prática de amor, um misto de troca e transformação. Posso desfrutar de um conceito de amizade que beira a plenitude, tenho isso como referencial. Estou muito satisfeita em saber que tenho uma amiga completa. Conversamos sobre política, amor, cristianismo, sexo, sociedade, arte, cultura, idéias, sonhos, devaneios e amenidades, conversamos sobre tudo, principalmente sobre nós mesmas, não há restrições nem privações, um pote de ouro que pode ser desfrutado infinitamente mais ao longo de cada ano de nossas vidas. Esse tipo de amizade é real para mim, no entanto tenho muitas outras amigas que são grandes dádivas na minha vida. A parte ruim desse texto é que também estou satisfeita em ter níveis menores de amizades. E isso é muito limitado. Porque não pensar que posso ter muitos outros exemplos de amizade intensos e profundos como o que tenho com a  amiga que está há quilômetros de distância e ao mesmo tempo presente sempre? Porque não pensar que a plenitude de amizade proposta pelo Pai por meio de seu primogênito está disponível para nós na contemporaneidade? Porque não encurtar a distância e aniquilar a saudade com uma ponte aérea? Porque não aproveitar e usufruir aquelas que estão fisicamente próximas indo ao cinema, teatro, parque, marcando encontros em casa, na rua ou em qualquer outro lugar. Porque escolhemos a mediocridade quando está disponível para nós o ilimitado? Questões para refletir e principalmente reflexões que podem causar transformação. Que venha o Teu reino e a Tua justiça sobre as nossas amizades…

Jesus, aqui não!

Viver a vida com o filtro do amor de Deus é algo definitivamente contra cultural. A cultura estabelecida fora e dentro das nossas igrejas nesse aspecto é a mesma: ame enquanto há beneficio para você! Afirmação nada bíblica e carregada de egoísmo e indiferença. Teremos a total revelação do plano de Deus somente quando estivermos com Ele para sempre. Por mais que Deus nos revele segredos em sua palavra ou direcione as nossas ações ainda não será a totalidade de Sua revelação. Podemos nos associar com outros e tecermos uma colcha de retalhos e caminharmos nessa busca.  Projetos, igrejas, movimentos, trabalhos, encontros, ajuntamentos, tudo com o único objetivo de avançarmos com o Reino de Deus, sendo Igreja. Ou, ainda, podemos insistir em vivermos isolados, cheios de orgulho e senso de justiça, nos preocupando mais com as coisas do que com as pessoas, construindo uma igreja apática e humana.


Levantei a mão em público, fui batizada e passei os sete anos que se seguiram em uma estrutura que se autodenominava igreja do Senhor. Fui ensinada naquele lugar que o Reino de Deus se resumia àquela denominação e que tudo deveria acontecer para, por e com ela. Aprendi também que a aparência é mega-ultra-power-importante e que sinônimo de relacionamento com Deus é correr, trabalhar, ligar, ir às reuniões, ter um grupo grande de pessoas para ensinar toda essa comida de baixíssima caloria, gritar com o microfone na mão, ter muitos objetos, carros novos, roupas caras, silicones, ternos importados e tantas outras coisas que podemos viver muito bem sem elas. Este lugar era uma ótima escola para saber que Deus me ama pelo que eu faço para aquela igreja (pasmem!), você aprende a ser um ativista muito eficiente e também a eternamente se justificar por aquelas questões que não saíram exatamente da forma que planejou. É ensinado também que ovelha não precisa pensar e que ela tem que gerar infinitamente mais ovelhas. Neste lugar o ápice da carreira era ser ou pelo menos parecer pastor, faziam-se de tudo para conseguir o tão sonhado título. Uma única pessoa ouvia a Deus ou o EU e todos os outros não poderiam ousar usufruir dessa  capacidade. Era um lugar em que as pessoas chegavam cheias de fé e sonhos e saiam cheias de feridas, muitas em coma profundo, algumas com morte comprovada, todas carecendo de uma intervenção, de uma ressurreição do Pai. Esse lugar também tinha uma característica mórbida, a capacidade de qualquer membro ou ex-membro passar de benção para maldição num piscar de olhos. Muitas práticas maquiavélicas, tais como colocar um irmão contra o outro, falar pelas costas, usar o microfone para despejar ira e rancor, ignorar as pessoas, pedir para irmãos não andarem com outros ou os impedirem de manifestar o amor de Deus sob uma farsa de cobertura espiritual. Havia muita manipulação, fofoca, indiferença, falsidade e desamor. O mais impressionante é que estive sete anos não só vivendo nesse contexto, mas reproduzindo tudo isso, achando que todas essas práticas eram a vontade de Deus, chamando essa anomalia de igreja do Senhor. Pai, tem misericórdia de nós. Impregna-nos com a cultura do Seu Reino.

Autônomos radicalmente dependentes (100)

Acredito no favor de Deus.
Caminho sobre uma plataforma de que o maior interessado é sempre Ele. O Reino pertence a Ele e as almas também. Essencialmente o trabalho de qualquer cristão dentro e fora das quatro paredes deve ser embasado em um coração voluntário e cheio de amor. Nunca antes na história tivemos tantos estímulos, tantas tarefas, tantos filmes para assistir, livros para ler e coisas para comprar. Diante desse furacão de possibilidades e estímulos é uma grande coisa escolhermos passar horas com Ele. Não há chefes e subordinados na cultura do Reino de Deus, não há pessoas que mandem a água parar ou peça para levantar e sentar. Não há obrigatoriedade. A leitura da bíblia por obrigação não traz transformação, estar nos cultos porque tem de cumprir um protocolo ou porque existe uma escala para ser honrada não vale nada para Deus. Ele deseja o nosso coração antes de todas essas coisas. Não quer os nossos dons, nem talentos, tampouco a nossa correria. Ele quer a nós mesmos e quando Ele nos possuir vai começar a requerer coisas de nós, podemos corresponder ou não. Escolher ouvir e obedecer ao Pai ou sermos conduzido junto com a manada, sem nunca experimentarmos o nosso destino espiritual. E aí, o que você vai escolher?

Gente normal

Gosto de gente normal, gente que não cobra perfeição porque é uma ilusão, gente que chora quando dói e ri quando se alegra, gosto também de quem chora e ri quando feliz, gosto do simples, de gente que mostra quem é sem medo de desagradar, gosto de fotos inesperadas, de cabelo desgarrado, gosto de não pensar em que roupa vou usar e em quantos sapatos preciso comprar, gosto de viver um dia por vez sem medo de amar, gosto da coisas pequenas, crianças, joaninhas, estrelas, gosto do conteúdo e do valor que nisso há, olhar nos olhos e se expressar, gosto da simplicidade do Mestre e de tudo que Nele há, gosto de quem diz assim não dá e também de respirar, gosto de gente verdadeira que não tem medo de errar, gosto da autenticidade e também da identidade, gosto de mostrar que faço merda e continuo a tentar, gosto da esperança do amanhecer, do orvalho a cintilar, gosto de gente que tem coragem de se posicionar, gosto de papear sem especular, gosto das fotos que ninguém quer mostrar, gosto do silêncio e também de festejar, gosto do contato com as pessoas e de tudo que Ele me dá.

Tatoo (99º)

Desde o final do ano passado tenho pedido a Deus um motivo para uma tatuagem. Passados alguns meses Ele me deu uma mensagem, uma imagem. Achei o máximo e logo visitei vários tatuadores. Passaram-se dois meses e eis que chegou o grande dia. Estive hoje por duas horas marcando o meu corpo para sempre. Estou felicíssima em saber que aguentei a dor, por mais irrisória que tenha sido, para carregar uma mensagem Dele em mim. Sei que o mais importante é ser a mensagem ambulante, mas ter tatuado hoje que eu sou Dele foi surreal demais. Sempre critiquei tatuagem e repudiei a dor. Mudei de ideia com relação a carregar uma mensagem no corpo e Ele veio e amenizou o meu sofrimento. Foi incrível, nenhuma lágrima, nenhum grito, muito menos pausa para descanso. Foi uma ótima experiência e acredito que Ele virá com novidades… Obrigada, Pá, pela disposição em me acompanhar, você foi ótima! Obrigada, Jesus, por esse privilégio, amado da minha alma!

Não seja indiferente (98º)

…só se vê bem com o coração… o essencial é invisível aos olhos…  

Antoine de Saint-Exupery

Clamarmos por uma intervenção, Pai…

Provérbios de uma Perturbada

Se você não está perturbado com a situação da infância no Brasil, perturbe-se!

Que louco amor é esse que Ele sente por mim?

Não tenho religião, não sou religiosa, mas sou a pessoa mais fanática que conheço.

Cristianismo tem de ser vivido também no escuro.

Tenho uma fórmula para você: arrisque passar horas e horas somente com Ele.

Marco encontro com Deus e quando não vou é um saco.

Jesus é lindo, bem humorado e surpreendente.

Desejo uma simbiose, meu amado.

Quero a nitroglicerina do Alto. Nitroglicerina pura, Jesus.

O maior barato dessa terra é a presença do Espírito Santo.

Quem permite crianças viverem como bichos na capital federal em pleno século 21? Eu e você!

Chega de blábláblá, vamos praticar!

Livra-me de mim, Senhor, liberta-me de mim mesma para que eu seja eu.

A proposta de ouvir e obedecer ao Pai é a maior aventura não isenta de desventura que existe.

Não deixe o sofrimento ser em vão em sua vida. Recicle-0!

Para transformar precisamos ser transformados.

Incendeia-nos (96º)

Tem tempo que não tenho tempo para escrever… Tantas coisas estão acontecendo de uma só vez nos últimos dias, a intensidade é palpável. Ontem consegui dormir durante dez horas seguidas depois de meses. Um presente do marido que ficou com a cria e me deixou ir para a cama às 20h. Acordei super-mega-ultra descansada e conseqüência disso é o tempinho que estou tendo agora para pensar em um texto. Sinto um pouco de dificuldade porque não sei qual critério utilizar para escolher o tema, enquanto isso, como é notório, vou enrolando e dizendo um monte de coisas que não tem nada haver com o assunto que ainda não sei qual é. Pois bem, brincadeiras a parte, vamos ao que interessa. Primeiro quero dizer que corresponder a Deus é a maior aventura que pode existir na face da terra. É surpreendente, emocionante, dramático, cômico e inenarrável… O mês de agosto foi bem punk, muito falatório, várias resistências, em contrapartida muito consolo e várias respostas. O setembro chegou e muita coisa mudou. Deus sempre faz da forma Dele, ás vezes isso me irrita, mas no final percebo que não existe outra forma melhor. Somente Ele tem sempre pensamentos de bem ao meu respeito. Pensar no amor incondicional que Ele nutre sem cessar por mim me alegra ao ponto de mudar a minha feição. Não há felicidade maior do que saber que sou amada incondicionalmente. Quero amar assim um dia, um amor visceral, louco e incontrolável. O mundo carece de amor, uma revolução de amor. Na última vigília Deus me fez lembrar o momento histórico que a nossa cidade está vivendo. Brasília está em chamas, em todo lugar e a todo o momento há um foco de incêndio nos quatro cantos do Distrito Federal. Ele me disse que podemos viver isso de outra forma, sendo faíscas de amor que aquecem corações. Eu e você como labaredas de amor incendiando toda a cidade… Tá afim?

Precisamos de você

No próximo contamos com a sua ajuda!!!!

Feliz Aniversário, Rebeca!

bom saber que existe

minha amiga querida

quilometros nos separam

saudades nos aproximam

impossivel nao pensar

como é bom quando aqui estás

nesse dia tao feliz

queria muito estar aí

fico triste em pensar

que não posso lhe abraçar

que saudade que me dá

agonia demora passar

uma nova idade hoje

que tem para brindar

desejo a ti amiga

uma busca muito intensa

desse Deus que não é gente

intimidade, alegria

dependencia, maestria

mais fome e mais sede

desejo incontrolável

tudo isso pelo Pai

em um grande amor doado

tu és linda, és menina

minha querida amada amiga

não posso aí estar

mas saiba que mora aqui

num lugar especial

bem aqui dentro de mim

obrigada por existir!

Amo-a…

Tic-tac-tic-tac (94°)

Um italiano com cabelo desgarrado e uma careca reluzente. Mais um espetáculo para bebês, o ultimo e por este motivo muito esperado. Toda a família na platéia. Marquinhos, lalá e misa totalmente habituados, podiamos ver expectativa pura em seus olhinhos. Para minha surpresa, uma comédia, uma comédia para adultos e crianças. Havia conhecido o italiano em uma palestra e fiquei encantada com ele. Inteligentíssimo, misturava genialidade com mal-humor sarcástico, mas não conseguia esconder a sensibilidade e amor pelos pequeninos e pela liberdade. Foi o primeiro a me apresentar o paradoxo do besouro. Passei dias reproduzindo essa história e não podia deixar de aqui escrever. Fisicamente, anatomicamente e cientificamente o besouro não foi feito para voar, o seu corpo é imenso e pesado comparado com suas asinhas minúsculas e frágeis. Como suas asas segurariam a forma densa do besouro no ar. Para os físicos e qualquer leigo que visse um besouro de perto isso seria impossível, no entanto, ninguém nunca o avisou sobre esse detalhe tão in-relevante. Não havia explicação melhor para o que é o teatro para bebês. Que paradoxo do besouro faça parte da nossa história… paradoxos das marias, dos ricardos, das ritinhas, dos carlos, das meninas e dos rapazes. Podemos fazer! Somos possibilitados!

Literalmente ouço! (93°)

Tenho Bíblia em áudio!! Posso ouví-la durante as horas em que estou empenhada no trabalho. Estou achando isso incrível, pois já é assunto antigo aqui no blog a minha dificuldade em parar o meu dia e ler a Palavra. Estou crendo que posso me tornar uma nova espécie pelo simples fato de ter mudado drasticamente os estímulos externos do meu cérebro. Não capturo mais imagens televisas, mas sons que prometem renovar a mente. Estou conversando com o Pai há algumas semanas sobre olhos de pureza. Quero ter esses olhos, quero ver com amor, quero filtros dados por Ele. Estou crendo que é possível, apesar de tão distante, ainda. Os meus valores alinhados com os valores do meu Senhor. A minha face refletindo a Sua face. As minhas respostas sendo influenciadas diretamente por Ele. Quero toda a intensidade, toda a plenitude. Creio que o desejo de Deus continua sendo o mesmo desde o éden. Ele quer se relacionar conosco, quer ouvir a nossa voz e falar aos nossos ouvidos. Ele nos ama e nos quer. Vamos buscá-Lo desesperadamente não porque queremos que Ele resolva nossos problemas e faça a nossa vida dar certo, mas porque queremos Ele… Uma simbiose com o nosso amado.

Correspondência (92º)

…Volto a publicar em setembro…

 Amo vocês!!!!

Meu jardim (91º)

Mais um espetáculo do Ciclo de Teatro para Bebês. A proposta fantástica de fazer teatro para crianças de seis meses a três anos de idade. Uma tarde linda na companhia de Lalá e Misael. No início o Misa se assustou um pouco com a pouca luz e o cachorrinho de lata do personagem principal. Passados cinco minutos ele estava encantado com tudo que via. Me surpreendeu o fato dele querer fazer parte do espetáculo, de interagir de todas as formas com o cenário e os atores. Para a lalá que já havia tido uma experiência na semana passada com “A bailarina” o encanto foi o mesmo. Os olhinhos brilhantes fitos em cada movimento. Aos pequeninos pertence o Reino de Deus. As companhias de teatro para a primeira infância ousaram pensar e realizar o dito impossível: levar arte aos pequeninos. Fazem isso com muita beleza e sensibilidade. Prova a todos nós que tudo é possível. Ouse sonhar muito e leve quantos dias o Pai lhe proporcionar realizando cada um desses sonhos. Temos a mente de Cristo, somos filhos do Criador, podemos criar também. O Misa me surpreendeu demais hoje. Sentou no gargarejo, interagiu e foi o último a sair do cenário da peça. A minha oração é que uma criatividade ilimitada faça parte do cotidiano dos meus filhos e filha. Idéias do céu vindo para a terra através deles e de quantos outros quiserem. “Meu jardim” era o nome da peça, um jardim aconteceu por alguém achar um punhado de terra molhada e acreditar que é possível. Todos nós temos esse pedacinho de terra. A germinação vem do Criador de todas as coisas. Lance a semente, o resultado pode ser incalculável. Queremos tudo, Pai, o que tu tens para nós!!! Amo!

Cyrano de Bergerac

Hoje tive a oportunidade de assistir à melhor peça da minha vida, com o melhor marido do mundo. Sem exageros, vale a pena você prestigiar o espetáculo Cyrano de Bergerac. Um texto de 1897, mas atualíssimo. Igualdade, liberdade e fraternidade, princípios do Reino de Deus declamados em diálogos incríveis. Um homem com o desejo de “ser admirável em todas as coisas”, não porque era orgulhoso, mas, sim, por não aceitar ter uma existência medíocre, senso comum, normal. Dessa forma, Cyrano fez toda a diferença em seu tempo e essa postura ecoa até hoje, tendo em vista como a platéia ficou tocada com esse personagem incrível. Não diferente dos nossos dias a peça mostra como os valores burgueses, totalmente materialistas, estavam levando a sociedade a um cinismo tal, que as grandes causas foram deixadas de lado. Cyrano entra na história como um homem que acredita em valores do Reino: honra, amor, dignidade, justiça, coragem, amizade, altruísmo. Uma postura desafiadora, independente da época. Fora todas as questões duras, mas necessárias levantadas pelo autor há uma bela história de amor para aquecer os corações apaixonados. O que posso dizer é que você não pode deixar passar uma oportunidade desse gabarito. Vá ao teatro. Assista a um bom espetáculo e ouse se rebelar contra toda mediocridade e superficialidade que insistem em nos paralisar.

O espetáculo será apresentado do dia seis até o dia quatorze de agosto, todos os dias, no Centro Cultural Banco do Brasil. Convide o marido, chame os amigos, faça um programinha a dois ou em grupo. Crie a sua oportunidade… Um grande beijo e um ótimo espetáculo!

Doce amor (parte 1)

As pessoas precisam da revelação do doce amor de deus e não de uma lista de regras. A exortação com um fim em si mesma não gera justiça de Deus. Quando Jesus foi interpelado a respeito do cumprimento da lei, sobre qual era o grande mandamento, Ele respondeu de uma forma inesperada para todos os ouvintes daquela época e continuamos nos espantando até hoje. Amar a Deus como prioridade única é simples, é obvio, mas tão distante da nossa teologia, da nossa realidade, das nossas igrejas. Tão distante do mundo, da pós-modernidade, do cenário em que estamos inseridos.

Nunca conseguiremos falar sobre o doce amor, nem tampouco ensinar isso, se não tivermos a revelação desse amor!

Porque as nossas igrejas não são conhecidas pelo amor como sugere a Bíblia? Porque não reconhecemos os nossos irmãos, os nossos líderes pelo amor? Porque não somo reconhecidos pelo amor? Que tipo de cristianismo estamos construindo e vivendo?

A oração em que pedimos ao Pai a revelação do doce amor Dele é a chave para todas as outras. Muitas pessoas afirmam nos púlpitos e nos bastidores “eu exorto porque amo a igreja”, mas porque não é testificado nas pessoas esse amor tão apregoado. Para muitos, alguém o ama quando está seguindo a sua cartilha, quando pensa da mesma forma e faz exatamente o que é esperado por ele. O amor é condicionado ao comportamento do outro. Não há empatia e compaixão nesse relacionamento que pode ser chamado de tirânico, controlador, egoísta, mas nunca de amoroso, afetivo e cristão. A minha grande dificuldade continua sendo a de me relacionar com as pessoas pelo que elas são e não pelos seus comportamentos, preciso da doce revelação do seu amor diariamente. Tantas pessoas entram animadas e cheias de sonhos nas nossas igrejas e depois de algum tempo estão estagnadas, ofendidas e decepcionadas. Um lugar de vida, torna-se um lugar de morte. Estamos nos afastando do que Jesus deixou para nós como mandamento mais importante: amar a Deus acima de nós. Não poderemos obedecer ao Mestre se não clamarmos pela doce revelação do Seu amor. Se não conseguimos obedecer ao mandamento mais importante tudo que tentarmos fazer não passará de palha, feno e madeira. O amor continuará sendo uma linda teoria nos púlpitos e também nos bancos.

Doce amor (parte 2)

Quando entramos na maior aventura do planeta: a descoberta do doce amor do Pai tudo é visto sob uma nova perspectiva. O nosso filtro para ler a Bíblia é a necessidade de sermos a Palavra ambulante, não mais a obrigatoriedade de conhecermos a Palavra. Não há julgo nenhum. Coisas do tipo “você tem que jejuar” ou “preciso fazer isso ou aquilo” perdem totalmente o sentido. O jejum é real e intenso porque estamos desesperados para nos parecermos com o Mestre e para isso sabemos que não podemos continuar sendo carnais e naturais. Subjugamos a nossa carne com a expectativa de que nos tornaremos homens e mulheres espirituais que vivem nessa terra, mas pertencem a outro Reino. A leitura bíblica se transforma no melhor entretenimento, olhar nos olhos e ouvir o que o outro tem a dizer é o que mais se aproxima do céu. Ouvir e obedecer, mesmo que isso nos custe a nossa reputação é o desejo diário. Tudo muda de figura. A lente é o amor Dele em nós, não o nosso conceito tirânico e opressor de amor. A disciplina passa a ser umas das grandes provas de amor do Pai. O desconforto e injustiça nos leva para mais juntinho Dele. Tudo é motivo para olharmos para o céu e sorrirmos. Ele é sempre bom e abençoador. Terrivelmente lindo!!!

Arrisque fazer essa oração: Pai revele a mim o Seu doce amor…


Doce amor (parte 3)

O amor de Deus era tão palpável na vida de Jesus, afinal Ele era um com o Pai. Ele se movia em amor porque via o Pai fazer daquela forma. Todos ficavam boquiabertos com tanta sabedoria e autoridade. Não eram as palavras que saiam de sua boca, mas o fato Dele ser a Palavra ambulante. A autoridade de Jesus não vinha de um cargo ou eloquência, tampouco de seu conhecimento ou carisma. A autoridade Dele era reconhecida por todos, inclusive pelos anjos e demônios, pelo simples fato de Ele ser exatamente aquilo que o Pai estava requerendo que Ele fosse. O início de seu ministério foi marcado não somente por uma declaração de seu Pai, mas por um comissionamento. Em alto e bom som, Jesus ouviu que era um filho amado em que o seu Pai se alegrava. A partir daquele momento o Cristo ressurreto não precisaria fazer nem falar mais nada. Ele era amado e o simples fato Dele saber disso e caminhar sobre essa revelação já alegrava o coração do Pai. A grande notícia do dia é que esse nível de relacionamento está disponível para todos, para toda a humanidade e isso inclui eu e você. Somos filhos, somos amados e não precisamos de nada além do que essa estupenda revelação. Aleluia!!!

Amor vulcânico

Nessa madrugada Deus falou a uma amiga que ama os seus filhos e filhas de forma vulcânica. A palavra vulcão, segundo a mitologia romana, deriva de vulcano, “deus do fogo”. Não acreditamos em mitologia, mas nos alegramos em saber que temos um Deus de fogo, poderoso e lindo. Receber a revelação do doce amor do Pai é o maior tesouro da existência terrena. As palavras “amor vulcânico” nunca antes ocuparam a mesma frase nos mais de trinta anos de vida da minha amiga, mas ontem Ele revelou o Seu amor dessa forma a ela. O Pai deseja que vivamos a plenitude do Seu doce amor. De acordo com a Wikipédia o resultado da erupção de um vulcão pode resultar em conseqüências planetárias. A ciência ainda não consegue prever quando um vulcão entrará em erupção, no entanto é sabido que uma erupção é precedida de movimentos de magma do interior da terra até à camada externa.

Por que Deus usou esse termo para comparar o Seu amor?

Arrisco dizer que há um magma queimando dentro de nós. Não controlamos o processo e tampouco a intensidade, mas há um movimento silencioso do magma de amor do Pai dentro de cada filho e filha pronto para ser exteriorizado a qualquer momento. Interessante dizer que os arredores de vulcões tendem a ser compostos de solos férteis para a agricultura. Conosco também é assim, se deixarmos as nossas armas e preconceitos, medo e orgulho podemos tornar os nossos arredores uma terra fértil e produtiva. Há um amor vulcânico disponível para qualquer um que queira. Que sejamos vulcões prontos para inundar de amor a todos que passarem pela nossa efêmera vida nesta terra. Que venham as erupções com conseqüências planetárias!!! Aleluia!


Dia maravilhoso (90º)

Saí antes das dez de casa em ótima companhia, estava com a minha filha que naquele dia completava três primaveras. Apanhamos a amiguinha e sua mãe e fomos rumo ao teatro assistir a uma peça feita especialmente para crianças de seis meses a três anos. Muitos bebês, alguns chorinhos e uma alegria contagiante em um teatro com o público de primeira infância. Um espetáculo de trinta minutos chamado “Bailarina”. Uma mulher no palco com um embrulho de presente no colo. Vários assuntos que me tocaram profundamente: infância, sonhos, decepção, recomeço, ousadia, descobertas, liberdade, prisões, alegria. Sonhar e se arriscar é ser livre, buscar segurança de forma objetiva é uma grande prisão. Tenho pedido ao Pai uma primeira infância com Ele e a peça de sábado foi uma linda experiência… Abba, Pai!

Pós-modernidade x Cosmovisão (parte II)

Com um binóculo novo, uma mente renovada, mesmo fazendo parte de uma sociedade pós-moderna, estaremos inseridos em outro cenário: A Pré-eternidade. Huumm… Interessante para você?

Os instrumentos de homogeneização de pensamento do sistema atual fazem parte da nossa realidade cotidiana. Vou falar um pouco do mais danoso deles, a televisão. Numa perspectiva de enxergar o mundo com o foco ajustado, com um binóculo correto a televisão assume o papel de dificultar muito as coisas. Os estímulos que recebemos assistindo a uma programação qualquer são devastadores para de fato vivermos num estado de pré-eternidade e não de pós-modernidade. As propagandas são bombásticas nesse sentido. Cria em você necessidades e desejos que não são seus. O sentimento de insatisfação é geral. Com a lente da propaganda o consumo é incentivado ao ponto de se tornar patológico. Suas roupas nunca serão suficientes, você vira um escravo da moda e da opinião alheia. Sutilmente começa a investir em tudo que é temporal. Torna-se um insaciável, sempre quer mais estímulos, mais coisas, mais fetiches. Em contrapartida, o rombo dentro de você aumenta a cada plim-plim. Torna-se um viciado em sensações e prazeres e para sustentar tudo isso precisa trabalhar mais, passar mais horas no serviço e no trânsito. Valores como família, amizade, altruísmo, compaixão, voluntariado, amor, bondade, pureza, santidade vão ficando cada vez mais líquidos e distantes. 

Feliz Aniversário, Lalá!

 MARAVILHOSA!

3 anos de vida

1095 dias

intensa alegria

presente do Pai

 maravilhosa tu és

impetuosa, cheia de fé

esperta, sapeca

graciosa, guria feliz  

 filha amada

tens um destino

dado por Ele

ouse viver

 menina tão linda

princesa dos pais

obrigada por ser

exatamente quem és

Pré-eternidade (89º)

Como podemos “aceitar” Jesus, apregoar este Nome sem manifestar o Seu poder?  A Bíblia propõe uma renovação de mente simplesmente para estarmos mais sábios e confortáveis? “Renove a sua mente para pecar menos ou criar melhor os seus filhos”, “tenha uma mente renovada para não se irar ou ter humildade” e infinitas coisas para beneficio próprio. Tudo girando em torno de mim, para mim e por mim. Há uma proposta para nós e não se parece em nada com o leilão que as nossas igrejas fazem com essa questão. Existe sim vida fora da caixa, um Reino para desejar, vislumbrar e avançar. Renovar a mente é pensar, enxergar, agir de uma forma diferente. Não em situações pontuais, mas em todo o momento. Deixar a mente de escravo, a mente de servo para ter a mente de filho. Viver como um ser espiritual, mesmo estando na terra. Um estado de pré-eternidade na dita pós-modernidade.

 O que é Cultura do Reino?

Na carta aos corintos, Paulo, um pária da sociedade, afirma categoricamente que o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder. De imediato inferimos que o discurso não faz parte da cultura do Reino, o blábláblá, o muito falar não são características dessa nova ordem. A prática é condição sine qua non para que o Reino de Deus venha, o quanto somos a palavra, o quanto nos parecemos com Jesus no nosso dia-a-dia são determinantes. João relata um diálogo intrigante quando escreve sobre o ministério de Jesus. Conta sobre Nicodemos, um sabichão da Lei, que queria muito entender que tipo de prática era aquela que o carpinteiro fazia. Reconheceu Jesus como mestre por causa dos sinais, acreditava no que via, mas não compreendia. No silêncio da madrugada, ele indagou Jesus. A resposta do Mestre caiu como uma bomba em seu colo: “Na verdade, na verdade lhe digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”. Se Nicodemos tinha alguma dúvida, nesse momento estava submerso em um mar de questionamentos. Com uma mente natural ele responde “é possível alguém voltar para o ventre de sua mãe e nascer outra vez?” Jesus, com sua maestria e belíssimo humor, responde ao fariseu “você é mestre em Israel e não sabe sobre essas coisas?” Nesse momento, Jesus perde um pouco a empolgação na conversa e diz que a partir dali o papo não fluiria tão bem. Explica a Nicodemos que se tratando de uma análise de fenômenos naturais, como a chuva e o vento, ele já não entendia, imagine quando começasse a falar sobre as coisas espirituais. Inferimos nesse diálogo que será impossível entendermos o Reino se não pensarmos de uma nova forma, em uma outra dimensão. Os neurocientistas afirmam que fazemos basicamente os mesmos caminhos no nosso cérebro para respondermos a tudo que nos aparece. Há milhares de neurônios e esses podem fazer bilhares de conexões, no entanto utilizamos uma porcentagem mínima disso no nosso cotidiano. As células neurais com o tempo e sua constante subutilização vão se extinguindo e a medida que o tempo passa temos mais dificuldades em mudar. O que quero dizer com tudo isso é que fomos feitos fisiologicamente para termos a mente renovada, encontrarmos novas formas de responder às mesmas questões. Temos um reprogramador a nossa disposição, a Palavra de Deus. Não gosto e nem acredito em fórmulas, no entanto, posso afirmar, categoricamente, que não experimentaremos o poder se não lermos a Sua palavra e passarmos horas e mais horas com Ele.

Na cultura do Reino, podemos racionalmente escolher passar três horas somente com ele e Sua palavra ao invés de ficarmos esse mesmo tempo na frente da tela da TV ou do computador ou, ainda, passeando no shopping.

Atitudes práticas para uma vida prática de poder. Tá afim?!?!?   

Esperar é caminhar (88º)

A intensidade prometida para o mês de julho foi aumentada em inúmeras vezes. Há uma promessa sobre a nossa geração de que Deus abreviará os tempos. Por exemplo, o que levaria um ano, Ele fará em um mês ou em um dia. Posso dizer que houve uma materialidade disso nesse julho que chega ao fim. Ter tido a permissão de Deus para conversar assuntos delicados pareceu um parto, nada confortável, mas com um alívio inexplicável. Tivemos a vigília e o sentimento de gratidão era inevitável pelo simples fato de Deus ter nos sustentado até aquele momento. Na primeira vigília do ano, ficamos viajando sobre o que Deus faria em dezembro se permanecêssemos fieis. Iremos para a sétima e a expectativa de que grandes coisas Ele fará aumenta a cada madrugada de uma qualquer segunda sexta-feira do mês. Ele é lindo e espetaculoso.

O Bazar da Fé foi cheio de graça e amor. Experiências de cuidado e direção de Deus. Contemplar crianças, adolescentes e adultos tendo o primeiro contato com o doce amor do Pai não tem preço. A certeza do trabalho com as crianças daquele dia em diante se consolidou ainda mais.

Seguiram-se dias de se calar e não se ofender, ausência de justificativas. Um entendimento embrionário de que temos que cavar para baixo, fundações profundas e inabaláveis. Reputação para um morto não vale mais nada. A proposta da Cruz é morte, mensagem dura e única.

O congresso chegou e toda a atmosfera espiritual para aquele final de semana. Foi tenebrosamente maravilhoso, terrivelmente lindo. A Presença de Deus era densa. Definitivamente, não precisamos morrer para irmos ao céu. Houve uma conexão sem ruídos entre a filha que vos fala e o Pai. Amor, graça, misericórdia, justiça, paz. O desejo imensurável de ver o céu invadindo a terra cotidianamente. Livre para amar.

Nesses últimos dias a máxima “livra-me de mim para que eu esteja livre de você e nada do que você fale ou faça me faça deixar de lhe amar” é a ordem do dia. O mês de agosto se aproxima e o que mais desejo é passar muitas horas com o amado da minha alma.

 

 

Pós-modernidade x Cosmovisão (parte 1)

Estamos na pós-modernidade. Ouvimos isso em muitos lugares. A minha pergunta é: você sabe o que isso significa?

Bauman, um dos mais influentes pensadores da atualidade, afirma que a sociedade pós-moderna é marcada pelo descrédito, escárnio ou justa desistência de muitas ambições. Atribui o estado de liquidez à sociedade, em que o efêmero é sempre a ordem do dia.

Um tempo de incertezas. Não há opiniões fixas e sim uma crescente ausência de princípios e valores. A máxima de Marx nunca foi tão relevante “tudo o que é sólido se desmancha no ar”. A pós-modernidade nega a existência de qualquer verdade universal. O que constitui a verdade é relativo ao individuo ou a comunidade que sustenta a crença. Não há solidez em nada. Podemos afirmar que existem deuses pós-modernos, estruturas que sustentam e alimentam essa era. O capital e o consumo encabeçam a lista. Exigem oferendas marcadas pelo fugaz, pelo incerto, pela dúvida, pela liberdade e pelo eterno adiamento. Alguns chamam esse tempo de “Era do vazio”. O caos impera. A sociedade está em crise.

Cosmovisão, basicamente, é a forma como enxergamos o mundo. O nosso sistema pessoal de crenças, valores e sentimentos. São os filtros que utilizamos para compreender tudo que está ao nosso redor. A nossa concepção de realidade.

Nesse momento, você pode pensar que não está inserido na pós-modernidade e que não tem essa coisa chamada cosmovisão. No entanto, afirmo, categoricamente, que estamos todos navegando ou sendo embalados por essa nau chamada sociedade pós-moderna, olhando a paisagem com um binóculo chamado cosmovisão. Não seja passivo. Você está nesse barco, mesmo que não saiba!

 

Ouse sonhar! (87º)

Sonhe mais. Sonhe muito. Sonhe sem parar…

Ação, realidade, uma outra dimensão…

Tá valendo! (86º)

Que venha o Teu Reino sobre nós!!

Invada-nos com a Cultura do Céu…

Céus abertos bípedes (85º)

Nos últimos meses o assunto teoria versus prática está cada vez mais na pauta dos meus diálogos com Deus e também com as pessoas. Jesus foi perfeito nisso. Durante a sua estada materializada na terra Ele era o prático da Lei. Para muitos, erroneamente, existe uma divisão entre Lei e Graça. Alguns chegam a afirmar que podemos escolher entre vivermos de um jeito ou de outro. Desde o princípio, a prática comum era a oralidade. Não havia escritos acessíveis da forma que temos hoje. Por exemplo, os primeiros cristãos não tinham o novo testamento. O prático valia muito mais do que a teoria, ao ponto deles serem chamados de cristãos justamente porque faziam as obras que Jesus fez. Eles eram uma extensão do Mestre, não havia teoria. Ministérios ambulantes, céus abertos bípedes. Jesus no seu embate com satanás no deserto se valeu da palavra falada. Conseguia ser prático porque conhecia a teoria. Da forma como Jesus se portava diante das circunstâncias e das pessoas instalou-se a perfeição. Tinha o conhecimento que traz a revelação que era palpável nas suas atitudes cotidianas. O que vale não é a informação que temos com a leitura bíblica, ou, ainda, a revelação que esse conhecimento nos oferece. O que de fato vai dizer se estamos construindo com feno, palha, madeira ou com ouro e prata é o quanto correspondemos a Ele, o quanto somos transformados por aquilo que lemos. O quanto somos experientes em ser a Palavra, não em ler a Palavra. Ponto pacífico é que uma coisa não existe sem a outra, não podemos ser a Palavra ambulante se não lermos e ruminamos a Palavra escrita. No entanto, estamos passíveis do contrário, sermos teóricos cheios de conhecimento bíblico, mas sem qualquer manifestação de poder.

O escritor da carta aos Hebreus reproduz uma promessa em que Deus colocaria as Suas leis na nossa mente e as escreveria em nosso coração, para assim sermos de fato povo de Deus, governados por Ele. Esse trecho nos remete a muitos outros. A proposta de renovação da mente, a importância de colocarmos o nosso coração no tesouro certo, a exteriorização do conteúdo do nosso coração por meio das nossas palavras, a afirmação de que temos a mente de Cristo e tantas outras. Há uma vontade explícita do Pai para que sejamos uma extensão Dele na terra. Homens e mulheres espirituais que inclinaram racionalmente o seu entendimento para a realidade bíblica – lendo, meditando, ruminando cada escrito, passando horas com Ele. Tendo o entendimento de que isso é uma parte do processo. Para de fato sermos os pés, as mãos e a boca de Deus na terra temos que obedecer à realidade bíblica: a revelação de Deus. A cada ato de obediência Ele inclina um pouco mais o nosso coração. Na saga de Abraão relatada no livro de gênesis percebemos que todas as vezes que ele creu e obedeceu, o Senhor imputou-lhe isto por justiça. Ele permanece o mesmo na dita pós-modernidade, a forma de fazer e efetuar de Deus nunca se alterou. Precisamos corresponder ao Espírito cotidianamente. Se não houver conseqüências, não vale nada ficarmos pulando ou babando, berrando ou sapateando, não vale nada decorarmos versículos ou lermos a bíblia porque está no programa de parecer crente, não adianta nada sermos conservadores ou modernos, despojados ou engravatados. Se não houver o prático, se de fato e de verdade não nos parecermos com Jesus de nada adianta o esforço, o sacrifício, a leitura, o conhecimento, a chapação, as músicas, o blábláblá, as revelações, a boa obra. Jesus fazia o que via o Pai fazer, falava o que escutava do Pai. A proposta continua a mesma para nós: sermos um com Ele. Podemos ouví-Lo. Há uma palavra disponível para nós. A boca de Deus está escancararada nas escrituras de gênesis a apocalipse.

Todos os confrontos de Deus para com o seu povo, desde a queda de Adão e Eva até o episódio com Pedro era a expressão de um Deus amoroso. Não há separação entre antigo e novo testamento. O amor é a linguagem de todo o Livro. Há um convite para que seja também a nossa linguagem. Um ato de amor vale mais do que mil palavras, dez revelações ou um dia inteiro de chapação. Podemos vislumbrar o amor do Pai na dor, na disciplina, no ganho, no confronto, na exultação, na perda, na humilhação, na paz e na guerra. Ensina-nos, paizinho, a amarmos tanto os pares quanto os impares, os de fora quanto os de dentro. Jesus morreu por todos. Obrigada!!!

Resiliência (84º)

Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne,

para que meu irmão não se escandalize.

 1 Coríntios 8:13

O filme os Pinguins do Papai e a Teoria do Apego


O filme “Os Pinguins do Papai”, a mais nova produção estrelada por Jim Carrey, traz às telonas não somente entretenimento e boas risadas, mas uma infinidade de questões sobre a relação familiar, especialmente entre pais e filhos. O personagem principal chama-se Popper e é o papai. A primeira cena retoma lembranças da sua infância: em um restaurante o menino Popper tenta chamar a atenção de seu pai que o ignora e não lhe dá a mínima atenção. O adulto Popper, invariavelmente, torna-se um reflexo da falta de afeto de seus cuidadores, principalmente de seu pai que era um homem viajante, desbravador de outros mundos, mas néscio no mundo interno de seu filho.

É sabido que uma criança não sobrevive sem uma alimentação adequada. O que não é levado em consideração por grande parte dos adultos é que o apego e o vínculo afetivo são tão importantes quanto os alimentos e a segurança física. Bowlby (1951) é pioneiro e idealizador da teoria do apego, conduzindo seus estudos e interesses pelos padrões reais de interação da família envolvida no desenvolvimento saudável e patológico do indivíduo. Vamos identificar um pouco dessa teoria no referido filme. Ainsworth (1989) define vínculo afetivo como um laço de duração relativamente longo, no qual o parceiro é importante como um indivíduo único e não é intercambiável com nenhum outro. Em um vínculo afetivo há um desejo de manter proximidade com o outro. O apego é uma subvariedade de vínculo afetivo, no qual o senso de segurança de uma pessoa está ligado ao relacionamento. Podemos ver durante o filme a mudança desses dois conceitos na vida do personagem de Jim Carrey.

O Sr. Popper é um adulto bem sucedido, bonito e rico. Tem todas as características aparentes de ser bem sucedido no conceito de sucesso para muitas pessoas. Trabalha no que faz muito bem, tem um enorme apartamento e um alto rendimento mensal. No entanto, é sozinho, ao ponto de o despertador tocar na segunda-feira e ele acordar aliviado e animadíssimo porque enfim acabou a tortura do final de semana. Divorciado, pode pegar os seus dois filhos em finais de semana alternados, no entanto seus filhos evitam essa estada. Observa-se em algumas cenas que o apego dos filhos em relação ao pai é inexistente e o vínculo afetivo com os filhos, precário. Vários aniversários esquecidos, promessas não cumpridas e ausência em momentos críticos denunciam a relação estabelecida entre Pippi e Janie e o papai Popper que não consegue demonstrar afeto. Por exemplo, em uma cena recebe um abraço e diz que não é uma árvore em extinção e não precisa daquele tipo de coisa.

Segundo Biringen (2000), estudos das interações entre pai-filho sugerem que um ingrediente crucial para um apego seguro é a disponibilidade emocional da parte do cuidador. Isso pode refletir até a vida adulta. Pesquisas recentes (Bauminger, Finzi-Dottan, 2008) afirmam que aqueles que foram classificados como seguramente apegados na infância têm mais amigos íntimos. No caso do personagem principal do filme isso vai ficando mais claro a cada cena, Popper um homem solitário e insensível. Alguns estudos mostram que homens e mulheres que eram seguramente apegados a seus pais são mais sensíveis às necessidades do outro, incluindo aqui filhos e companheiros (Mikulincer e Shaver, 2005).

O modelo funcional interno de apego do papai do filme pode ser classificado como preocupado ou desorientado. Apresentava raiva de seu pai e comportamentos confusos e ambivalentes, mas, ainda assim, empenhados. Isso ficou claro quando o presente post-mortem de seu pai chegou. No testamento dizia que era um suvenir, mas na verdade ele se referia a um pingüim não daqueles que se põem na geladeira, mas um animal que necessita de alimento, cuidado e porque não dizer afeto. As cenas são engraçadíssimas, principalmente depois da chegada de mais cinco companheiros do ártico. Um apartamento impecável, decorado de forma minimalista e ordenada que abriga um sujeito detalhista com mania de arrumação é invadido por meia dúzia de pinguins barulhentos e baderneiros. Um cenário indubitavelmente propício para muitas gargalhadas.

Nos últimos estudos realizados, o achado típico é o de que três quartos dos pares pai-bebê compartilham a mesma categoria de apego (van Ijzendroorn, 1995, 1997). No filme, podemos afirmar categoricamente, que o Sr. Popper estava reproduzindo o mesmo tipo de relação que recebeu de seu pai com os seus dois filhos. Com o presente deixado por seu pai as coisas foram se modificando em ritmo veloz. Os pinguins eram engraçadinhos, exigiam atenção e faziam companhia. O Sr. Popper estava experimentando viver em uma família, inevitavelmente todos os seis bichinhos se apegaram a ele, até pelo fato do personagem sempre se vestir com ternos pretos. Em contrapartida, os filhos desejavam a companhia do Sr. Popper como nunca antes e nesse momento do filme até as cores eram alegres e vivas, havia um playground glacial dentro do não mais gélido apartamento.

Os relacionamentos se estreitaram ainda mais com risos, abraços e palavras de afeto e encorajamento. Um animal do gelo sendo o pivô de uma “quebra de gelo” sem precedentes. Vínculos afetivos e apegos seguros se estabeleciam em todos os níveis. Entre os pingüins e os humanos, entre os filhos e o pai, entre a esposa e o marido que se encontravam separados. Todos eram alcançados e abarcados nesse novo cenário de tempo e amor disponibilizados um para o outro. Os pinguins tiveram bebês e os sentimentos de empatia, amor, afeto, cuidado e preocupação faziam parte, pela primeira vez da vida do Sr. Popper, para todos ao seu redor.

O pai do Sr. Popper havia mandado uma carta junto do presente, e, por uma daquelas conhecidas coincidências de filme, a carta foi parar debaixo do móvel. Em um momento de hesitação do personagem, em que ele deixa os pinguins irem ao zoológico e volta à rotina monocromática, ele lê o bilhete, no qual seu pai diz: “os pinguins sabem amar como ninguém, coisa que ele nunca aprendeu a demonstrar” e sugere ao Sr. Popper que passe com os seus filhos todo o tempo que puder, afirmando que ele ainda pode fazer isso e se desculpando por não ter entendido a importância dos alimentos afeto, amor e tempo antes. Termino por aqui, não vou contar o final do filme com a intenção de que você pegue seu filho e passe uma tarde maravilhosa com ele, incluindo nesse passeio, porque não, a ida ao cinema para conhecer o papai Popper e seus pinguins.

Referências bibliográficas:
Bee, Helen L. (2011). A crianca em desenvolvimento. Trad.: Cristina Monteiro. Porto Alegre, RS: Artmed, 12ª ed.
Filme “Os Pinguins do Papai” (2011)

Qual a realidade do céu? (83º)

 

Qual é a realidade do céu? Com certeza bem diferente da nossa prática de vida. Num contexto celeste todas as coisas já foram conquistadas por Cristo para nós. Logo, tudo que a bíblia diz deve ser a nossa realidade. Sendo assim, se o Livro afirma que as enfermidades e dores foram levadas no madeiro, devemos, indubitavelmente, orar SEMPRE por cura. Se a pessoa vai ser curada naquele instante ou não já não é mais da nossa alçada. Se a bíblia diz, fazemos! Esta deve ser a nossa realidade. Estou vislumbrando um limiar… Que venha o Teu Reino sobre nós!

Não tem novidade (82º)

Um tempo de decisão. Tempo de ouvir a voz e obedecer. Tempo de entrega total. Mudança de conceitos. Renovação de mente. Falar do que é, pregar sendo a própria mensagem. Tempo de enjoar de leitinho, comer alimento sólido: praticar. O plano de Deus para este tempo dito pós-moderno não tem nada de novidade. Desde o Édem a proposta é a mesma. Deus nos quer por inteiro. A integralidade, a totalidade. A primeira conseqüência da decisão de eva e adão de experimentarem da árvore do conhecimento do bem e do mal foi a identidade perdida. Não sabiam mais quem eles eram, precisavam se esconder. A folha da figueira foi utilizada não somente para esconder as vergonhas, como dizia minha vó, mas como um instrumento de prisão. A partir daquele momento não poderiam mais ser quem eram, quem foram projetados para ser. Estavam dominados pelas circunstancias exteriores e interiores. Deixaram de lado a árvore da vida para conhecerem a árvore da dualidade. Desde então, Deus faz planos para atrair o coração do homem para Ele. Fez isso com Moisés e o povo durante a sua libertação e viagem à terra prometida. Convite para subir ao monte, tenda, tabernáculo. O desejo de Deus de se relacionar com a sua criação não tinha sido alterado. Ele ansiava por nós. Procurava corações segundo o Dele. Achou Davi. Nesse momento 24 horas de adoração. Antes disso, Enoque já havia sido trasladado. Ele o encontrou e o levou. Muitos anos passados e muitos profetas enviados. A mensagem era uma só: inclina o coração para Mim, vem se relacionar Comigo, ouça e obedeça, seja quem você foi criado para ser… Alguns desses homens comissionados, como Isaías, relatou o que viria a acontecer, a vinda do Messias. Esse dia chegou. O povo de Deus ainda sim não acreditou. Estavam cegos e surdos. Jesus veio pobre, feio e sem status. Aplicou a Lei. Viveu a Lei. Ensinou a Lei. Não com palavras ou argumentações. Ele se transformou na mensagem. Foi até o fim. Deu-nos acesso livre ao Santo do Santos, rasgou de cima a baixo o véu. Fez o que nunca conseguiríamos fazer, foi perfeito. Avisou-nos de que voltaria para o Pai, porque era um só com Ele e propôs que poderíamos ser também um só com o Filho do Homem. Não conseguiríamos por nós mesmos. Pedro que passou três anos ao lado do Rei, não conseguiu. Tinha ainda algo para acontecer. Havia um presente prometido. O Espírito Santo de Deus sobre toda carne. Plano perfeito!! Vivemos esse momento. Não tem nada haver conosco, mas tudo haver com Ele. Basta a nós comparecermos, inclinarmos a nossa racionalidade para Ele porque quem inclina o nosso coração é o Santo Espírito de Deus que habita dentro de nós. In loco. Ele mora em mim e em você. Ele congrega em nós. Dê um choque na sua “realidade, pare um pouco e ouça a voz do seu Amado lhe chamando: Vem…

Soneto da religião

Dopados por atividades
Chapados pela rotina
Caquéticos por distrações
Dementes na religião

Zumbis de domingo
Cegos que tateiam
Vidas acamadas
Pessoas descristianizadas

Maca, coma, cama
Aparelhos desaparelhados
Banco esquentado

Mordaça aos indivíduos
Nunca sendo filhos
Num sistema engessado

Sonolência

O que é uma noite de sono?
Um abrir dos olhos ao amanhecer
Feliz e instigador
Uma alegria perene
Latente e não intermitente
Idéias no lugar
Memória para utilizar
Um dia para realizar
Sorrisos, graça, vida
Amor, paz, humor
Uma noite bem dormida…

Infância

 

E se criança fosse por mais um dia?

Quão criativa seria?

Na infância viveria?

Ou apenas perderia?

Você! O que faria?

Me diga…

quantos traços  usaria

para assim rabiscar

uma vida de pequeno

na areia do mar

lembranças da infância

e o que mais for rascunhar

tenha o amor sempre em mente

para no momento presente

não somente teorizar

mas, sim, experimentar

re-fazendo

des-fazendo

construindo

des-construindo

sem parar para lamentar

ô quão bom é ser criança

há anos já fui assim

hoje posso ter infância

e um jardim só para mim

vamos logo minha gente

adubar toda essa terra

que se chama individuo

e está quase falido

esperança é o que vos falo

preste muita atenção

ame sem precedentes

gaste tempo de montão

não com coisas coisificadas

mas com talentos nas mãos

há uma vida pela frente

que vale mais que um zilhão

 

Sonho de consumo: dormir

Final de semestre tenso…

Engraçado ou trágico? (81º)

Joaninhas (80º)

Estou viajando na joaninha há alguns meses. Extasiada em pensar que um bichinho tão pequeno e de utilidade duvidosa possa ser tão rico em detalhes e cores. Fico pensando que louco Deus é esse que criou a joaninha. É muita onda para mim. Que criador é esse que inventa uma infinidade de cores, texturas e sabores. Joao em Pátmos não conseguia reproduzir em palavras o que estava vendo. A maior parte das pessoas que tem acesso ao céu, ao mundo espiritual denso, diz a mesma coisa: “não tem como explicar”, “é uma coisa que nunca vi antes”. Que loucura essa beleza e diversidade.
Um pregador uma vez disse que da mesma forma que pensamos em muitos detalhes do quarto do bebê quando ele ainda está sendo gerado, assim também Deus faz conosco. Desde o inicio foi assim. Ele criou tudo, preparou todo o cenário durante a criação para nos oferecer, nos presentear. Viemos Dele e voltaremos para Ele. Que delícia será o dia em que nos encontraremos com Jesus para sempre. Não teremos mais momentos, será eterno… Obrigada paizinho pelas joaninhas e tudo o mais!!! Amo!

O valor da amizade

Gente, é com muita satisfação que compartilho com vocês o primeiro texto do meu maridão. E não poderia ser melhor, o tema é a amizade. Que seja o primeiro de muitos… Amo!!!!

Essa noite fui despertado pelo Espírito Santo para meditar no valor da amizade. Sonhei com um amigo que há muito tempo não vejo. É engraçado que neste sonho a gente se abraçava e era como se a distância não minasse o carinho e a consideração que temos um pelo outro. Choramos e prometemos que nem o tempo nem a distância iria mudar aquilo que construímos juntos. Isso me remete à situação que temos vivido nesse tempo dito “pós–moderno” como conceito de amizade. Relacionamentos líquidos como diz Bauman, que se perdem como areia em nossas mãos. Os lugares onde poderíamos cultivar ainda mais esse bom tesouro que conquistamos, têm se tornado lugares de relações falsas. Por exemplo, na igreja se criou o hábito de quando iniciamos um dialogo a primeira frase que soltamos é essa: “Paz do Senhor irmão, tá na benção”, ela se tornou um jargão “crentês” que na realidade não quer saber como você está, ela só serve para começar e terminar uma conversa espiritual de irmãos. Aleluia!!! A bíblia fala muito sobre a amizade e a coloca no seu lugar de excelência. Textos como o de provérbios: “…de amigos mais chegados que irmãos”, a amizade de Davi e Jônatas, de João Batista que era chamado o amigo do noivo, a amizade de Jesus e os discípulos, de Jesus e lázaro e a mais importante amizade, que fez com que Jesus suportasse o calvário, a amizade Dele com o Pai. A amizade nos alegra, conforta, confronta e transforma. Ela é a ponte que nos leva há um caminho sobremodo excelente, o caminho do Amor incondicional. Ela nos dá uma missão, o ministério da reconciliação. Faz-nos aceitar as diferenças. Faz-nos pessoas melhores. Precisamos resgatar esse tesouro perdido, sairmos do lugar da ofensa, da superficialidade. Temos que ter Jesus como nosso maior amigo, pois ele é a fonte de amor incondicional que nos faz transbordar para os demais. Seja ponte, seja amigo, seja igual a Jesus. Um abraço a todos os amigos mais chegados, vocês são muito preciosos.

Ir ao céu sem morrer (79º)

Re-programação (78º)

Eu não sei se com você é assim, mas os meus pensamentos não param. Vejo estímulo em tudo e em quase todos. Hoje isso me deu uma angustia ao ponto de questionar com Deus pela primeira vez se esse excesso é normal, se é para ser assim. Perguntei a Ele “que coisa é essa que bombardeia a minha mente com projetos, idéias, pensamentos, possibilidades, formas e cores.” A minha agonia veio com a dificuldade de dar vazão. Vejo potencial em tudo e agora sim em todos. Qualquer um pode um monte de coisas. Até o lixo vira luxo. Acredito que o céu é o limite para qualquer ser humano, mas me angustia pensar o quanto estamos aquém a tudo aquilo que poderíamos ser e fazer. Estamos presos, acamados, adormecidos. Respirando por meio de aparelhos denominados entretenimento, trabalho, religião. Ele nos incumbiu. Há um destino para cada um de nós. Talentos, dons, capacidade para amar e para se colocar no lugar do outro. Somos comissionados. Representantes de Cristo. Cidadãos do Reino. Filhos e filhas amadas. Podemos, sim, fazer a diferença. Não precisamos reproduzir o comportamento dos nossos pais, bem tampouco de nossos líderes. Podemos ser curados da normose, a doença que faz com que todos sejam iguaiszinhos, sem identidade, sem autenticidade. Somos únicos. Deus nos fez assim. Uma fôrma para cada um. Em Cristo não somos deformados, nem enlatados. Somos à imagem e semelhança de Deus, do criador de todas as coisas.

Quão cegos estamos com esse mundo e as coisas dele. Somos apegados ao nosso bem-estar, ao nosso dinheiro, ao nosso umbigo. Corremos em círculo e não chegamos a lugar nenhum. Passamos uma vida inteira buscando ter sucesso e definitivamente sucesso não é posição social, nem saldo de conta bancária ou ainda quantos amigos temos. Sucesso não é ter unção, fama ou aceitação. Sucesso é o quanto somos daquilo que fomos programados para ser. Programados não pelos nossos pais ou experiências da infância ou pelas circunstâncias do passado e furacões atuais. Não pela cultura do nosso país ou pela alienação da religião. Programados por Ele, para Ele e com Ele. Homens e mulheres peregrinos nesta terra experimentando o céu antes da morte. O convite está em aberto. O véu foi rasgado. Podemos adentrar e prosseguir em conhecê-Lo, manifestando como filhos e filhas de Deus.

Nesse momento, meu espírito se debate, não consigo terminar o texto. Ele é real. Ele é o amado da nossa alma e somos Dele. Como cuidaria de lírios e pássaros e não cuidaria de seus filhinhos e filhinhas. Que o sacrifício de cruz não seja em vão em nossas vidas. Ousemos mais. Não podemos agir da mesma forma e esperarmos por resultados diferentes. Noventa por cento não vale mais. Ou é tudo, a integralidade, a totalidade ou estamos oferecendo fogo estranho no Seu altar. Os mornos são vomitados. Não se acostume com a água quentinha, o conforto das bênçãos, as distrações. Seja radical, se entregue a Ele. Se estivermos com os olhos fitos no consumador da nossa fé os desconfortos serão bem vindos. Como Estevão, a alegria de vislumbrar a Glória é maior do que a dor momentânea, mesmo que culmine em morte.

Saulo estava presente no momento que Estevão morreu, havia sangue dele em suas mãos. Estevão desencadeou um processo na vida de Saulo que o levaria a se tornar Paulo, exatamente aquilo que foi programado para ser desde o princípio. Um destino espiritual sendo vivido. Para que outros vivam, precisamos morrer. Morramos, pois!

It´s possible (77º)

Fico imaginando a sensação de uma pessoa olhando o céu pela primeira vez ou dando os primeiros passos e podendo se lembrar disto pelo resto da vida. Imagino aquele que depois de uma vida inteira de surdez, ouve, ou, ainda, o que sempre mancou e passa a andar normalmente. Deve ser inexplicável, inenarrável, arrebatador. Agora a sensação de ser um canal para que cada uma dessas coisas aconteça é muita onda. Quero experimentar, Paizinho. Perdoa a minha incredulidade… Leva-me além…

Lindos e Linda!

“Seus filhos vão crescer rápido e com sabedoria”

Thanks, Dad!

Negligência (76º)

Luto há muitos anos contra a forma como lido com a palavra de Deus. Leio muito pouco a bíblia. Quando escuto histórias sobre os nossos irmãos da igreja perseguida fico envergonhada, peço perdão a Deus, me arrependo de ser tão negligente. Acerto com o Pai que mudarei, prometo a Ele conversão e digo que levarei a sério a Sua palavra. Muitas vezes choro e faço propósitos. No início tudo funciona muito bem. Cumpro com o combinado e leio a bíblia. Depois de alguns dias caio no esquecimento. Encho-me de desculpas e encho mais ainda Deus com elas. Falta de tempo é a minha preferida e também a mais utilizada. Largo de mão o essencial: o legado de meu Pai, a Sua palavra!

 Acho que esse deve ser o terceiro ou quarto texto que trato desse assunto. Infelizmente, a ciranda continua a mesma. Encontro-me, ainda, indisciplinada e desorganizada com o meu tempo. Muitos dos meus irmãos orientais estão dando a vida por uma página do livro sagrado. Tenho muitas bíblias em casa, mas negligencio todas. Vivo como se não houvesse nenhuma palavra viva disponível. Nesses últimos dias Jesus tem sacudido meu espírito. Cada trecho que leio salta aos meus olhos. Ele tem despertado em mim uma fome real pelo livro Dele. Há uma expectativa sendo gerada. Vejo um limiar e sonho com o dia em que compartilharei aqui o quanto leio as escrituras. Nesse momento darei um salto e acredito que quando enfim eu obedecer a essa ordem crucial consiga ver um elevador e a dança com a escada que sobe e desce enfim acabe.  

Duas opiniões, uma só carne

Alguém tem que ceder…

Quem é casado ou casada sabe

do que estou falando.

Aos que ainda não são, um conselho:

namore para casar e poupe dissabores!

Argrrrrrrrrr (75º)

…Argrrrrrrrrr não  quero continuar lutando contra Deus…

…perdoa-me Pai por um cotidiano de desobediência…

Murmuração (74º)

“…Eu não tenho tempo para me lamentar porque Ele me ama…”

Obrigada por existirem…

Cinco mulheres

cinco temperamentos

cinco personalidades

onze filhos

cinco destinos

cinco maridos

cinco construções

algumas queixas

cinco histórias

cinco complexos

cinco belezas

muitos sonhos

cinco inteligências

cinco sorrisos

cinco amigas

muitas alegrias

Obrigada Pai por essas quatro mulheres fantásticas que fazem parte da minha vida.

Amo vocês! 

Duas vidas com propósito

Um homem, uma mulher

caminhos entrecortados

um vive a vida

a outra a vida vive

uma amizade se inicia

o inesperado acontece

amor é a ordem do dia

muitos embates,  acusações

chega o grande dia

a profecia se cumpre

uma só carne é o que são

um ajuntamento de sonhos

amor e serviço por Ele

ministério, chamado, obra

obra, obra, obra

de repente tudo vira

o castelo se desfez

choro, tristeza e desconforto

hora de iniciar outra vez

Ele  sempre intervém

dar sustento, provisão

e cuida muito bem

viagem iniciada, uma escola terminada

trabalho, unção, conhecimento e relação

muitas vidas alcançadas

 inimigos com inanição

uma vida confortável

 distração e mais distração

Ele projetou coisas com o poder em Suas mãos

a única coisa que deseja são os dois corações

fases sendo vencidas

não há mais leitinho não

mais uma prova de fogo

para uma íntima relação

vocês ouviram Sua voz

e enfim abriram mão

o que virá pela frente

não se apoquentem não

porque o Filho do homem

está com a caneta na mão

a escrever uma história

que abarca dois destinos

de temor e retidão

entrem nessa de cabeça

porque não tem  volta não

um homem, uma mulher

com o mesmo destino na mão

dependência, intimidade

essa é a grande questão

o que  há de acontecer

é com Ele, meus irmãos.

Presença linda! (73º)

A surpreendente maneira que Deus tem de surpreender seus filhos é surpreendentemente inesperada. Ele é muito bom nisso. Nada é comum.

Quando Jesus chega tudo se altera. Há clamor, arrependimento, revelação, liberdade para o Espírito Santo e para os filhos de Deus, quebrantamento, guerra, descanso, desconforto, conforto, choro, riso, alegria, paz… O céu invade a terra. Há um acesso disponível. Jesus já rasgou o véu. Isso é uma verdade! Temos acesso livre, irrestrito à presença do Pai. Não precisamos morrer para experimentar uma relação intima com Ele. Não precisamos entrar numa busca desenfreada por moveres e momentos. Ele habita em nós. Ele está congregando em mim e em você. Não há medidas para Deus. A porta escancarou-se, o véu foi partido, os limites foram retirados. Não há uma receita, não existem fórmulas. O caminho é escolhermos amá-lo acima de todas as coisas. Amar a Deus mais do que tudo que Ele já nos deu. A presença Dele está acima de tudo. Acima da doença, da cura, acima da unção, acima da apostasia, acima da fé, da incredulidade. A presença Dele é mais desejada do que o bem-estar, do que as bênçãos, do que qualquer sonho nobre…
Vem Santo Espírito sopra em nós. Jesus, lindo, queremos que o teu sacrifício de cruz não seja em vão no nosso cotidiano. Precisamos ouvir e obedecer ao Pai. Love, love, love, more love…

Igreja fast-food do reino do EU

Eu sou igreja? Como é ser igreja? O que é ser igreja? Que processo alienante é este que tenho que ser liberta? Sou igreja no automático. Sou uma igreja imediatista. Igreja fast-food do Reino do Eu. …vai valer a pena, está valendo a pena, já valeu a pena… como posso cantar isso e não fazer valer a pena, blablablá. Como faço valer? O confronto é intenso demais. O que estou reproduzindo como igreja: controle humano, força do braço, justiça própria, ofensa, soberba, orgulho, contenda, indiferença, pré e pós- julgamentos e tantos outros pecados. A justificativa de que a teoria não tem uma relação de identidade com a prática não vale mais.
Des-arraigada no meu ser. Que igreja do eu é essa que sou? Não tenho nem coragem de clamar por misericórdia, mas me alegro em saber que Ele me ama e insiste nisso. Aff!

Silêncio!

Sigilo profissional é requerido em várias profissões. Um nome formal para uma prática conhecida por todos aqueles que são amigos. Se alguém já experimentou um relacionamento de amizade sabe que grande parte das conversas são únicas. Não devem ser reproduzidas nem sob tortura. Na amizade o sigilo é essencial, sem essa prática o relacionamento fica insustentável. A amizade acaba. Falando de profissões o sigilo é obrigatório. Psicólogos, psiquiatras, advogados, médicos, assistentes sociais, psicanalistas, terapeutas, enfermeiras e pastores têm a obrigação de serem pessoas confiáveis. Nada exigente demais. Confiança, grosso modo, é o ato de compartilhar e silenciar. Segurar a onda e não abrir a boca. Ética na profissão é um direito real. Engraçado aqui pensar que deve ter uma lei para exigir o que deveria ser natural, a ética. De todas essas profissões citadas quero me ater um pouco a de pastor. Não há um conselho profissional ou uma legislação especifica para aconselhadores espirituais. No entanto, há um livro que rege a prática em qualquer esfera da sociedade, principalmente as que são feitas em nome de Deus. As pessoas estabelecem automaticamente uma relação de confiança quando marcam uma conversa, uma ministração, um encontro ou qualquer coisa que tenha um tom confessional. Essas informações nunca devem ser reproduzidas, comentadas, nem publicadas seja por meio de conversas informais, púlpitos de igreja ou redes sociais. É isso.

Uma encruzilhada (72º)

Deus sempre vai requerer algo de nós. Não há acomodação no cristianismo. Ele sempre tem uma novidade, uma proposta, o limiar de uma nova fase. Muitas vezes uma surpresa agradabilíssima, um presente. Algo inesperado que nos trás um sentimento de euforia e alegria. Em outros casos, um grande tijolo para ser digerido. Um cálice amargo que inevitavelmente teremos que tomar se quisermos conhecê-Lo um pouco mais e correspondermos a Ele. Se em sua caminhada cristã não há mudanças repentinas de curso, reveja que tipo de cristianismo você tem vivido. As surpresas boas são ótimas, muito bem-vindas. No entanto, se tivermos somente esse tipo de experiência nos tornamos viciados e distraídos. A busca desenfreada pela benção e pelo bem-estar vem de encontro a um tipo de cristianismo que pode ser tudo menos bíblico.

Pois bem, quero me ater ao outro lado da moeda: as surpresas indesejáveis que chegam como notícias desastrosas. As mudanças de curso repentinas e desconfortáveis. Um embaraço, um susto, uma recaída, um espinho furando a carne… Situações em que o desejo inicial é fugir, gritar, esbravejar, se justificar, pedir para passar o cálice adiante. Situações que exigem uma mudança rápida ou um retrocesso lento. Momentos de crise. Um ponto de mutação. Uma necessidade de decisão. Podemos escutar a voz do mestre e obedecer ao que está sendo proposto ou ficarmos ofendidos com Deus, com as pessoas e circunstâncias. Temos duas opções e aqui não cabe n.d.a. A escolha é iminente: Um lugar de descanso, no qual aprendemos com Ele que é manso e humilde ou uma escola sem fim em que seremos resistidos pelo Criador de todas as coisas. O problema não está no exterior. Não está nas pessoas. Não está nas circunstâncias. Há uma demanda em nós que o Pai precisa ter acesso. Um degrau para subir, uma nova fase para viver. Coisas novas para contemplar. Ele espera a nossa resposta.

Podemos servir ao Reino de Deus ou ao império das trevas. Havendo Luz em nós, iluminamos outros. Havendo trevas, obscurecemos muitos. Não há meio termo. Ele nos quer por inteiro. Estou no olho do furacão. Existem pulsações dentro de mim que há bem pouco tempo estavam incubadas. Ainda não morri. Coisas berram no meu ser. A justiça própria me ensurdece. A soberba e o orgulho me enganam sem cessar. A indiferença está exposta. A falta de amor me esbofeteia. A encruzilhada foi colocada. Posso arranjar desculpas e justificativas e chamar de presença de Deus a sua ausência ou corresponder ao Espírito que é Santo, escolhendo obedecer, amar e perdoar.

As pessoas certamente continuarão as mesmas, as circunstâncias idênticas, mas uma coisa é certa a Luz pode adentrar as trevas e, enfim, Cristo viver em mim. As próximas ações dirão se estou sendo útil para Deus ou para o diabo.

Um bom pastor

Ler na fonte é sempre melhor, segue o link: http://ricardomamedes.blogspot.com

Eu quero um pastor que seja comprometido com a Palavra de Deus, colocando-a acima de qualquer interesse.

Quero um pastor sério, honesto, manso, mas que saiba se conduzir e ao seu rebanho no Caminho da Verdade.

Quero um pastor que não ceda às heresias e à apostasia com interesses outros. Um pastor que não tenha como rumo o crescimento da “igreja” tão somente.

Quero um pastor que ainda creia que a Bíblia é a única Palavra de Deus, e que não fique inebriado com as tantas profecias humanas…

Imagino um pastor que jamais faça da sua igreja um circo, e dos irmãos o seu “público cativo”.

Ainda sonho com um pastor que não alimente o espalhafato, que não faça do culto um “Show gospel”.

Ouso ainda vislumbrar o pastor como líder pacífico, como homem espiritual, que não se confunde com “espírita”…

Um pastor que queira um rebanho de crentes, e não “crentes arrebanhados”.

Ainda penso que haja o pastor que creia em uma igreja de salvos, mesmo pequena, com 10, 20, 30 membros, e que não considere o “crescimento” como condição comprovada de espiritualidade.

Oh, como eu quero um pastor preocupado com o rebanho! Que olhe para a ovelha com amor, que lhe ouça demoradamente, que compartilhe com ela os momentos de dor e felicidade. Um pastor que vá até a ovelha, que busque-a, que a conforte.

Eu gostaria de um pastor que visse os crentes como um todo, e não com preferências “sutis”. Um pastor que não alimente facções e contendas.

Quero um pastor que não seja irado, que não lhe saia o sangue do rosto por qualquer motivo; que não seja ressentido, vingativo, mau!

Quero um pastor que não seja bom de aritmética, que não some os membros da igreja, que não faça considerações de números: ” – perdi um mas ganhei dez. Pior pra ele”!

Um pastor que não seja mentiroso, dissimulado, enganador.

Quero um pastor que não fique desfiando desculpas para deixar o irmão sem visita; que não o abandone quando sai contrafeito, que diga a ele do seu amor.
Um pastor que conforte, que dê pão do céu, pão da vida, e não “comida podre”…

Eu quero um pastor que apascente as suas ovelhas, e não que as desarraigue. Um que ame a todas, mesmo aquelas que não concordam com ele, ao invés de odiar as diferentes.

Um pastor que não “lance fora” a ovelha que o Pai celestial lhe deu, mas que a coloque sob a sua proteção, sob o seu ensino, sob as asas do Pai.

Não quero um pastor herege, apóstata. A “igreja dele não me serve”. Prefiro a igreja de Cristo: sem limites físicos, sem paredes, invisível; sem oba-oba, sem falsa espiritualidade, sem “demonstrações de grande fé”; sem ungidões, sem unções, sem cai-cai, sem profecias humanas mentirosas e enganadoras, sem macumba gospel.

Finalmente, quero um pastor que não tenha como preocupação primordial o crescimento do templo, o inchaço de membros, mas o “seguir e pregar a Palavra”, o compromisso inarredável com a Verdade.

Esse, com o qual sonho, é o bom pastor. O outro, apenas se diz pastor.

Há um lugar… (70)

 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. Mateus 11

Pastores para quê? (69º)

A bíblia nos fala sobre cinco ministérios disponíveis para o aperfeiçoamento dos santos. Funções que se complementam e são interdependentes, transformando um ajuntamento de pessoas na Igreja do Senhor. Você pode deixar Deus fazer de você um evangelista, um mestre, um pastor, um profeta ou um apóstolo. Paulo afirma na carta aos efésios que Jesus deu dons aos homens e que Ele é poderoso para cumprir todas as coisas, se referindo à capacitação vinda do alto e a necessidade de correspondermos com o que Deus requer de nós. Podemos inferir nessa fala que se não estivermos no lugar determinado para nós não haverá o aperfeiçoamento dos filhos para o serviço e a edificação dos irmãos, seremos eternos meninos tomando leitinho, inconstantes, levados no papo por qualquer pessoa.
Não há regalias para nenhuma dessas funções. Todas elas devem demonstrar as marcas de Cristo no calvário, tendo em vista que o pré-requisito para usufruir de qualquer coisa que tenha sido conquistado por Jesus nas regiões celestes passa antes pelo negue-se a si mesmo e tome a sua cruz. Basicamente, a cruz significa a negação da nossa vontade em prol da vontade de Deus.
O que vemos hoje dentro das estruturas religiosas que insistimos em chamar de igreja? Não temos nem de perto a manifestação dos dons. Em contrapartida encontramos como comportamento comum e esperado a superficialidade, a naturalidade e a carnalidade. Agimos como se estivéssemos no controle das pessoas e destinos. Durante a obra criadora Deus nos mandou sujeitar, mandar, controlar as coisas e não as pessoas. Existe um plano de carreira invisível e maligno dentro da igreja do Senhor e o objetivo máximo desse plano, o ápice da carreira é ser pastor. Todos tem chamado para pastor?? A resposta é um grande não! Mas porque todos são incentivados a chegarem no “final de carreira”. Onde estão os mestres, doutores do ensino? Precisamos deles. E os evangelistas, extremamente necessários na sociedade do vazio, na pós-modernidade? A criação geme. Em que lugar se esconderam os apóstolos, desencadeadores de processos e destinos? Anseiamos por esses também. E quanto aos profetas, quantos estão calados dentro de suas cavernas, fugindo do embate, mantendo a ordem e in-decência humana, tampando os ouvidos para Deus. Por favor, saiam para fora! Sem vocês nós perecemos. “Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?” Pastores, larguem o controle, não aguentamos mais. Pessoas não devem ser controladas e sim conduzidas. Ai do pastor inútil, que abandona o rebanho! Ai dos pastores que vivem como jezabeis e acabes, tendo a doce ilusão do controle no lugar de terem as marcas de Cristo em seu corpo, na sua vida, no seu modo de ser e fazer.
Ai de mim, Paizinho, que insisto em desobedecer a ti. Ai de mim que teorizo tudo e prático muito pouco. Ai de mim! Tira o gosto que tenho pelo meu próprio controle, pela força do meu próprio braço. Livra-nos de nós mesmos, Pai, não sabemos o que estamos fazendo. Clamamos por misericórdia. Que venha o teu Reino sobre nós, pobres, cegos e nus.

Referências: Ezequiel 34:2, Provérbios 29:18, Efésios 4:8-12, Zacarias 11:17, Lucas 9:23, Gênesis 1:26

Materializou-se

uma vontade crescente
um desejo que não passa
treino, treino, treino

dois disponíveis
uma só carne

um milagre à espreita
o invisível acontecendo

os céus conspiram
um pai desencadeia
um choque acontece
há vida dentro dela

o amor já existia
materializou-se

Thanks, Dad!

Algumas pessoas dizem que foi sorte,

eu digo que foi Deus.

(Source: takeachanceonloves2)

Royal Kids

Somos responsáveis!!!

Ame enquanto há tempo (68º)

Love, love, love, more love, Dad!